Ementa disciplina :: Teorias da complexidade na comunicação: culturas e poéticas das redes
Pessoal, esse semestre estarei lecionando uma nova disciplina no COS-PUC. Envio abaixo a ementa:
PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Programa
de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica
Área
de Concentração: Signo e Significação nos Processos Comunicacionais
Linha
de Pesquisa 2: Processos de Criação na Comunicação e na Cultura
Disciplina
do eixo fundamental: Teorias da
complexidade na comunicação: culturas e poéticas das redes
Professor:
Lucia Leão (cod.: 7253)
Semestre:
2º/2016
Horário:
5ª feira, das 16 às 18h45
Créditos:
03
Carga
Horária: 225 horas
EMENTA
A
disciplina estuda a contribuição das teorias da complexidade para o
desenvolvimento do campo científico da Comunicação. Essas teorias enfocam a
semiose como processo sistêmico que articula dimensões socionaturais,
socioculturais e intersubjetivas. A
complexidade é pensada como processos atuando em conjunto, possibilitando
conectar e contextualizar as estruturas e reconhecer as singularidades.
Evitam-se, assim, o reducionismo que dissolve os sistemas para considerar
somente suas partes e o atomismo que concebe seus objetos de maneira isolada. A
disciplina enfatizará os seguintes aspectos: 1) histórico do pensamento
complexo, desde a teoria da informação e as primeiras formulações da
cibernética e da teoria geral de sistemas até as propostas de uma ontologia
científica sistêmica; 2) rede como modo de pensamento das relações; e 3)
interações do pensamento complexo com a cultura, as mídias e os processos de
criação.
Em
seu recorte específico, a disciplina relaciona
conceitos de emergência, redes, cooperação, sistemas complexos adaptativos,
cartografias colaborativas e resiliência com o objetivo de discutir processos
de criação nas redes digitais. Busca-se estudar o universo das mídias e suas
relações com os sistemas da cultura, em seus fluxos comunicacionais (trocas,
transmissões e traduções). O conteúdo da disciplina versa sobre os temas: visões
contemporâneas do conceito de emergência; dinâmicas não-lineares; abordagem dos
sistemas complexos no estudo dos fenômenos culturais; mapas de complexidade; políticas
da cooperação; processos criativos em rede e cartografias da cultura. O quadro
teórico-epistemológico de referência envolve, entre outros: Richard Sennett, De
Landa, Stengers, Leão e John Durham Peters. Em termos metodológicos, o curso é
composto por aulas, discussões em grupo e seminários. A avaliação é processual
e envolve: seminários, participação nas discussões em sala de aula e nas redes;
redação de monografia.
Bibliografia Básica
DE
LANDA, Manuel (2006). A new philosophy of society assemblage theory and social
complexity. London: Continuum.
LEÃO,
Lucia (2001). O labirinto da hipermídia. São Paulo: Iluminuras.
PETERS,
John Durham (2015). The marvelous clouds: toward a philosophy of elemental
media. Chicago: The University of Chicago Press.
SENNETT,
Richard (2012). Together: the rituals, pleasures, and politics of cooperation.
New Haven, CT: Yale University Press.
STENGERS,
Isabelle (1997). Power and invention: situating science. Minneapolis:
University of Minnesota Press.
Bibliografia Complementar
BEDAU,
Mark, Paul Humphreys, ed. (2008). Emergence: contemporary readings in
philosophy and science. Cambridge, MA: MIT Press.
LENOIR,
Timothy (1998). Inscribing science: scientific texts and the materiality of
communication. Palo Alto: Stanford University Press.
MAINZER,
Klaus (1994). Thinking in complexity: the complex dynamics of matter, mind and
mankind. Berlin: Springer.
RIFKIN,
Jeremy (2009). The empathic civilization: the race to global consciousness in a
world in crisis. New York: J.P. Tarcher/Penguin.
SERRES,
Michel, Bruno Latour (1995). Conversations on science, culture, and time. Ann
Arbor: University of Michigan Press.
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