IV Encontro de Pesquisa CCM :: 16 e 17 de agosto de 2018
IV Encontro de Pesquisa CCM:
transformações na cultura das redes e o pensamento do
audiovisual
16 e 17 de agosto de 2018
das 10h às 18h
Local:
Auditório Paulo Freire | Tuca
Rua Monte Alegre, 1024
Perdizes, São Paulo-SP
PUC-SP
O Grupo de Pesquisa em
Comunicação e Criação nas Mídias - CCM, coordenado pela Professora Lucia Leão,
tem o prazer de convidar a comunidade acadêmica da PUC-SP para o IV Encontro de Pesquisa CCM: transformações
na cultura das redes e o pensamento do audiovisual, a realizar-se nos dias
16 e 17/08, das 10h às 18h, no TUCA – Teatro da Pontifícia Universidade
Católica. Trata-se de um evento acadêmico anual promovido pelo grupo a fim de
fomentar o compartilhamento público de suas pesquisas em desenvolvimento. No
contexto das recentes transformações das tecnologias de comunicação, dos
processos de digitalização, das múltiplas plataformas de acesso e das novas
possibilidades técnicas nos processos de criação e produção, o encontro tem por
objetivos (1) realizar uma mostra de trabalhos em audiovisual; (2) propor uma
revisão crítica do estado da arte e promover debates sobre o tema; (3) promover
um workshop e (4) apresentar um projeto de vivência lúdica no formato Escape.
Proposta
conceitual 2018
O audiovisual – entendido tanto como mídia quanto
como cultura – constitui a base de grande parte das experiências do cotidiano.
Presente no cinema, televisão, vídeos, redes digitais e videogames, o
audiovisual também se manifesta em smartphones,
tablets, notebooks e tantas outras telas em diferentes formatos que habitam
o espaço urbano. No contexto das recentes transformações das tecnologias de
comunicação, dos processos de digitalização, das múltiplas plataformas de
acesso e das novas possibilidades técnicas nos processos de criação e produção,
o encontro funciona como uma coletânea dos trabalhos recentes do Grupo de
Pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias (CCM).
PROGRAMAÇÃO
COMPLETA
16/08 - QUINTA-FEIRA
10h - 10h30: ABERTURA
Lucia Leão: A pesquisa do CCM e a proposta do IV Encontro: a cultura das redes e o pensamento do audiovisual
10h - 18h:
INSTALAÇÕES
"Estados Alterados" (2018),
de Rodrigo Gontijo
Projeção
de pontos de luz em movimento sobre Wachuma, também conhecido por San Pedro
(Cacto usado em rituais pelos indígenas do Altiplano Andino); livros variados
sobre contracultura, expansão da consciência e cinema expandido; luminária.
Rodrigo Gontijo
Artista,
pesquisador e professor no Centro Universitário SENAC. Desenvolve projetos de
live cinema, instalações e documentários. Seus trabalhos, individuais e
coletivos, já foram apresentados em diversas mostras e festivais no Brasil,
Argentina, Espanha, Marrocos e Canadá e premiados pela Associação Paulista dos
Críticos de Arte (APCA – 2005 e 2008) e Festival de Gramado (2005).
"O que vocês fariam em nosso
lugar?" (2016-2018), de Walmeri Ribeiro
Partindo
da provocação levantada pela filósofa Isabelle Stengers, no livro “No tempo das
Catástrofes”, sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que
estamos atravessando em consequência das mudanças climáticas e seus impactos
sociais, a videoinstalação “O que vocês
fariam em nosso lugar?” apresenta imagens resultantes de uma pesquisa
performativa realizada em fevereiro de 2016 e maio de 2018 na praça Mauá, zona
portuária do Rio de Janeiro. Área de
comércio de escravos durante os séculos XVIII e XIX, abandonada durante o
século XX e hoje denominada como Porto Maravilha, a praça Mauá torna-se, diante de seu projeto
futurístico, o centro de discussões sobre transformação urbana, processo de
gentrificação, poluição e impactos ambientais, abrindo frente à discussão sobre
os modos de viver e habitar os “novos” centros urbanos. “O que vocês fariam em
nosso lugar?” propõe ao espectador uma reflexão sobre esses temas ao confrontar duas ações que compõem a mesma paisagem: o corpo
espontâneo que nada nas águas poluídas da Baía de Guanabara e o corpo institucionalizado
que aspira o limpo espelho d’água do Museu do Amanhã, criado pelo arquiteto
espanhol Santiago Calatrava.
Walmeri Ribeiro
Artista-pesquisadora.
Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá,
Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri
Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área
de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF,
onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e
Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis. Autora do livro “Poéticas do ator no cinema
brasileiro” (Intermeios: 2014) e co-organizadora
dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis" (intermeios, 2014)
e "Das artes e seus percursos sensíveis" (Intermeios, 2015), possui
ainda vários artigos publicado em revista brasileiras e internacionais. Nos
últimos anos participou de exposições na Alemanha, Portugal, Inglaterra e
Brasil.
10h30 -
12h: MESA 1 "PROCESSOS DE CRIAÇÃO EM AUDIOVISUAL"
Mediação: Bernardo Queiroz (PUC-SP)
"O design de som de monstros do
cinema: uma cartografia dos processos de criação de identidades sonoras na
construção de personagens", Fernanda Ceretta (PUC-SP)
Resumo
do doutorado defendido em Junho de 2018, o qual propôs a análise do sound design de monstros do cinema,
sobretudo suas vozes. Chewbacca(Star Wars, 1977), Godzilla (1954) e Predador (1987) constituem o corpus da
pesquisa. Estes monstros possuem vozes compostas por designers que experimentaram diferentes processos de criação,
utilizando sons na natureza, do corpo e de objetos manipulados para criar a
identidade sonora destas personagens. investigamos os contextos destes
processos de criação e demais características sonoras, como frequências,
timbres e intensidades.
Fernanda Manzo Ceretta é doutora e mestre em
Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e sound designer de jogos mobile.
"Criação e modelos de negócios no
audiovisual”,
Paula Martinelli (PUC-SP)
Atualmente,
momento em que os modos de consumo de conteúdo audiovisual passam por drásticas
mudanças, é preciso nos perguntarmos: para quem a produção se dirige? A
resposta passa pelas métricas e algoritmos, pelo alcance global, e chega também
ao modelo de negócios das empresas que a financiam. Isso quer dizer que a
criação no audiovisual ocupa o centro de uma importante discussão que inclui
elementos técnicos, regulatórios e mercadológicos – estamos falando de um
contexto em ebulição do qual participam diversos públicos: empresas produtoras,
órgãos de fomento e consumidores. A palestra tem o objetivo de situar os
processos de criação neste cenário complexo, abordando temas como adequação dos
projetos aos modelos de negócios das empresas, internacionalização do conteúdo
e, principalmente, a importância do conhecimento, por parte dos produtores, do
contexto em que trabalham e dos diversos públicos com os quais se comunicam.
Paula Martinelli é graduada em Comunicação
Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA-USP) e Mestra em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), com bolsa do CNPq. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado
como bolsista CNPq, também na PUC-SP, e integra o Grupo de Pesquisa em
Processos de Criação, coordenado pela Profa. Dra. Cecilia Almeida Salles. Como
profissional, dedica-se há mais de 14 anos a comunicação corporativa e
marketing no mercado do entretenimento e audiovisual, trabalhando para marcas
da Discovery Networks, entre outras.
"Arte sonora e espaço público:
novas possibilidades éticas e estéticas", Dudu Tsuda (PUC-SP)
Nesta
apresentação discutiremos o tema do espaço e do tempo em intervenções urbanas e
obras performáticas para espaço público, a partir de uma pesquisa
interdisciplinar sobre possibilidades poéticas e estéticas no espaço urbano que
hibridize formas diferentes de produção de conhecimento, promovendo o
entrecruzamento e o diálogo entre investigação teórica e prática artística.
Neste sentido, apresentaremos um estudo de caso da intervenção urbana sonora
Promenade realizada pelo artista multimídia Dudu Tsuda à luz de autores de
diferentes modalidades disciplinares.
Dudu Tsuda é artista multimídia, artista sonoro,
músico, compositor, performer, produtor musical e professor convidado da PUC/SP
desde 2010 (disciplina de Trilha Sonora e Produção Musical no curso de
graduação de Comunicação em Multimeios). Mestre pelo programa Tecnologias da
Inteligência e Design Digital PUC-SP. Graduado em Comunicação em Multimeios PUC
– SP.
12h - 13h:
MOSTRA DE VÍDEO "PAISAGENS DO AUDIOVISUAL"
Curadoria: Elena Sánchez-Velandia, Marcus
Bastos e Lucia Leão (PUC-SP)
A mostra de vídeos PAISAGENS DO AUDIOVISUAL articula três
olhares sobre o audiovisual.
Como a arte e o audiovisual discutem problemas atuais como o
feminismo, a globalização, as redes sociais e a crise ambiental? Pensar a arte
além da dicotomia kantiana entre o estético e o conceitual é o desafio na
curadoria de Elena Sánchez Velandia. No
primeiro grupo de vídeos, foram selecionadas obras latino americanas que,
nutridas pela poesia, ironia e « estética », levantam questões na interface da
arte e da política. Colombiana, Elena é filósofa, artista, e Doutora em arte,
filosofia e estética, pela Université de Picardie Jules Verne, UPJV, França,
2017. Sua tese, com título “Reflexões para uma filosofia menor". Em torno
do conceitualismo latino-americano, teve como Orientador Lorenzo Vinciguerra.
Atualmente desenvolve pesquisa de Pós Doutorado no Programa de Pós Graduação em
Comunicação e Semiótica da PUC-SP, com supervisão de Lucia Leão e bolsa CAPES.
É membro do CCM. Na seleção, estão presentes vídeos de Andrea Aguía, Mario
Opazo, Juan Manuel Echavarria e Gabriela Golder, entre outros.
No segundo grupo de obras, Marcus Bastus, professor do Curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP, nos oferece a oportunidade de conhecer os trabalhos de estudantes sob sua orientação. Numa época em que aumenta a complexidade do pensamento audiovisual, os trabalhos apresentam perfis diversos, transitam entre a ficção, o documentário e o ensaio, recorrendo, ora ao suspense, ora ao humor, ora ao registro da realidade, para discutir questões da atualidade. Os vídeos foram realizados na disciplina "Temas Avançados de Produção Audiovisual", em uma experiência em conjunto com os professores de direção de fotografia, edição de som e montagem, Diego Arvate, Bruno Rico e Nicolau Centola.
É possível desenvolver um tipo de pensamento complexo utilizando as linguagens do audiovisual? Com o título “As audiovisualidades como espaço de pensamento”, o terceiro recorte curatorial apresenta a série de vídeo experimentos "Following Seven Alchemical Metals # Metallurgy, Media, Minds", de Patricia Pisters, Professora da Universidade de Amsterdã, juntamente com os trabalhos de vídeo ensaios dos alunos da disciplina de Linguagem Imagéticas do curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP. Com autoria de Lucia Leão, o projeto é parte de uma pesquisa maior que busca cartografar as potências de produção de conhecimento que emergem de experimentações ensaísticas das audiovisualidades. Os vídeo ensaios são resultados de um projeto integrado com os professores Elisabeth Alfeld Rodrigues, Ane Shyrlei Araújo, Zuleica Camargo, Cida Caltabiano, Marli Alencar e Hermes Renato Hildebrand.
14h -
15h30: MESA 2 "CONFIGURAÇÕES DO CORPO DIGITAL"
Mediação: Ana Paula Guimarães (PUC-SP)
“Culturas do corpo e da juventude nas
redes sociais digitais: uma cartografia dos imaginários midiáticos e do culto
de celebridades no Instagram”, Valéria Aprobato
(PUC-SP)
Quais
são os discursos nas redes sociais digitais que circulam em torno dos temas da
busca do corpo perfeito e da eterna juventude? No contexto das inúmeras
publicações sobre beleza, saúde e boa forma presentes no ciberespaço (Leão), a
presente tese de doutorado parte da hipótese de que existe imaginário social
complexo sendo construído nas redes e que é possível realizar uma cartografia
dos afetos, das práticas e das lógicas que compõem esse imaginário. O método de
pesquisa envolveu: pesquisa teórica (leitura de textos e revisão bibliográfica
da literatura); pesquisa empírica composta por: (1) análise de discursos
presentes nas redes de celebridades; (2) questionários e entrevistas com
seguidores das redes sociais selecionadas; (3) cartografia. O corpus escolhido
é composto por páginas do Instagram de Jane Fonda, Arnold Schwarzenegger, Bela
Gil, Bella Falconi e Kéfera. A fundamentação teórica é composta por Foucault
(discursos de poder, biopolítica e subjetividade); Leão (cultura das redes,
mitoanálise e cartografia como método de pesquisa de imaginários midiáticos);
Spinoza (afetos); Flusser e Proser (estudos culturais acerca das noções de gula
e vaidade). Como resultados alcançados, pudemos verificar que os discursos de
desejos de um corpo perfeito e eterna juventude abrigam três matrizes míticas
de construção coletiva de subjetividades (heroica, transgressora e
transformativa). Assim, compreendemos que a presente tese é uma contribuição
para os estudos dos imaginários midiáticos que povoam os discursos sobre corpo
perfeito e eterna juventude nas redes e que a utilização do método da
cartografia de discursos foi produtiva para a construção de um entendimento
dessas complexas subjetividades.
Valéria Aprobato é educadora física, personal
trainer, escritora e estudante de nutrição pela Unip-SP; mestrado e doutorado
em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com bolsa CNPq. É membro do Grupo de
Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias - CCM (PUC-SP, CNPq)
“O corpo e as imagens que construímos
nas redes: uma cartografia dos processos de criação do episódio Nosedive em Blackmirror”, Karina Bousso, Patricia Assuf Nechar e Robson Kumode
Wodevotzky (PUC-SP)
O
trabalho analisa o processo de criação de Nosedive, episódio da terceira
temporada da série Black Mirror, produzida pela plataforma de streaming
Netflix. O objetivo foi identificar os elementos presentes na composição do
audiovisual que reverberam e criticam as maneiras de interagir por imagens nas
redes, frutos dos novos dispositivos tecnológicos, que estão reconfigurando o modus vivendi sociocultural hodierno.
Passaremos pelos processos e a maneira em que o roteiro foi construído, a forma
em que os meios tecnológicos permitem uma exploração da exposição do indivíduo
e, por último, serão discutidas as características da imagem que construímos
nas redes sociais.
Robson Kumode Wodevotzky é doutorando e mestre em
Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (auxílio CAPES) e bacharel em Rádio e TV
pela Universidade Anhembi Morumbi. Pesquisa processos de criação de
audiovisuais para plataformas online.
Karina Bousso é doutoranda em Comunicação e
Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre
em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP). Professora Auxiliar na Faculdade de Comunicação e Marketing da
Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Integrante do Núcleo Interdisciplinar
de Professores (FAAP). Ministra as disciplinas de Epistemologia em Comunicação
e Comunicação e Hipermídia na FAAP, além de co-orientar trabalhos de conclusão
de curso de Comunicação Social. Possui graduação em Comunicação Social com
habilitação em Publicidade e Propaganda pela FAAP (2012). Membro do Grupo de
Pesquisa em Processos de Criação da PUC-SP, coordenado pela Professora Dra.
Cecília Almeida Salles.
Patrícia Assuf Nechar é mestre e doutoranda em
Comunicação e Semiótica pela PUC – SP, pesquisa sobre o corpo feminino plus size dentro das redes
comunicacionais do ciberespaço. Membro do grupo de Pesquisa do CNPQ:
Comunicação e Criação nas Mídias sobre a orientação da Dra. Profa Lúcia Leão.
Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Rádio e TV pela UNIMEP -
Universidade Metodista de Piracicaba.
Especializou-se em Marketing pela FAAP. Docente da Universidade Cruzeiro
do Sul no curso de Comunicação Social, membro fundadora e assessora de
comunicação da REBEL – Rede Brasileira de Estudo Lúdicos e uma das editoras da Fanpage e Blog “Sou Gordinha Sim by Helena Custódio”. Atua
como produtora, roteirista, fotógrafa e câmera em diversas produções em
diferentes mídias.
"Hatsune Miku: estudo sobre a
construção coletiva do ídolo virtual e da relação com os fãs no cenário
japonês",
Beatriz Aoki (PUC-SP)
O tema
desta pesquisa é a ídolo virtual Hatsune Miku e a sua constituição coletiva a
partir das práticas de seus fãs, responsáveis por grande parte da produção de
seu conteúdo (como músicas, vídeos e ilustrações). O “detalhe” mais curioso que
inspira esta pesquisa é que Hatsune Miku não é uma pessoa. Ela é uma imagem, um
holograma, um ídolo virtual. Aqui, buscamos compreender como o ídolo virtual no
cenário pop do Japão evidencia a relação do fã japonês com a fantasia, tendo
como hipótese principal que, para ele, a fantasia é uma forma de realidade e a
noção de autoria é compartilhada, sugerindo uma indistinção entre criação,
produção e circulação. A metodologia baseia-se na análise conceitual dos
processos construtivos do ídolo virtual, a partir da revisão bibliográfica que
descreve a cultura otaku; nos estudos da relação fã-celebridade no âmbito
específico japonês e na pesquisa documental e análise dos conteúdos produzidos
em torno do objeto de estudo.
Beatriz Aoki é mestre e doutoranda em Comunicação e
Semiótica pela PUC-SP, sob orientação da Profa. Dra. Christine Greiner, e
integrante do Centro de Estudos Orientais da mesma instituição. Possui
graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Escola Superior
de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Atua profissionalmente na área de
Desenvolvimento Institucional do Museu do Futebol (ID Brasil, Cultura, Educação
e Esporte), tendo experiência na área cultural em Marketing e Comunicação pela
Cultura Artística e a Fundação Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São
Paulo.
15h40 -
17h10: MESA 3 "PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE NARRATIVAS"
Mediação: Alessandra Barros (PUC-SP)
“A Operação Lava Jato em sua Versão
Audiovisual: uma análise sob a perspectiva de Foucault”, Mauricio Pontes
Esposito e Raul Prospero Marques Caldeira (PUC-SP)
As
narrativas jornalísticas sobre investigações da chamada Operação Lava Jato
acabaram traduzidas para o ambiente da ficção audiovisual, construindo um
imaginário social sobre corrupção de funcionários públicos e partidos
políticos. Neste artigo, iremos nos debruçar sobre um exemplo desse fenômeno, a
produção nacional Polícia Federal – A Lei
é para Todos., que estreou nos cinemas em 2017. O objetivo é propor uma
reflexão sobre como a tradução para a ficção de fatos narrados pelo discurso
midiático sobre corrupção na administração pública desempenha um papel
relevante na construção de um entendimento linear e simbólico sobre essa
realidade mediada por discursos. A percepção comum sobre as narrativas
ficcionais da Operação Lava Jato exerce potencialmente um papel estratégico nas
relações de poder da sociedade, se pensarmos nos conceitos de discurso e dispositivo
propostos pelo filósofo francês Michel Foucault.
Mauricio Pontes Esposito é
doutorando no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, bolsista do CNPq, Mestre em
Comunicação Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, Bacharel em Ciências da Comunicação pela ECA/USP. Membro do Grupo de
Pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias, da PUC-SP, certificado pelo CNPq.
Possui passagens pela iniciativa privada em veículos de comunicação e como
profissional de comunicação corporativa.
Raul Prospero Marques Caldeira é graduado em Comunicação
Social, com Habilitação em Publicidade e Propaganda, pelo Centro Universitário
das Faculdades Metropolitanas Unidas, e especialização em Docência no Ensino
Superior pelo Complexo Educacional Faculdades Metropolitanas. Mestrado em
andamento no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica pela
PUC-SP.
"Percursos da produção e
distribuição de notícias nas redes sociais digitais", Mirian Meliani (PUC-SP)
As
transformações na construção e distribuição de notícias a partir do uso das
redes sociais digitais são o ponto de origem desta pesquisa. Parte-se do
pressuposto de que a popularização das redes sociais digitais tenha conduzido
os relatos de reportagem, opiniões e imagens jornalísticas ao transbordamento
da base formal de sustentação. Ao multiplicar-se em sentidos transversais,
longe de portais e versões digitais de revistas, jornais e programas impressos
e/ou televisivos, esses modos de produção, muitas vezes, remetem a modos de
troca de dados enraizados no período pré-industrial. Tudo isso coloca
diferentes atores em campo. Jornalistas, não-jornalistas e o não-humano (a
geração automática de textos jornalísticos por meio de algoritmos e sistemas já
é uma realidade) convivem e geram turbulências, criando novos sentidos para
esses processos. No caso das notícias nas redes, como esses múltiplos elementos
atuam na propagação? Essas produções transformam substancialmente a própria
definição de notícia? O corpus empírico da pesquisa é composto por uma seleção
de projetos desenvolvidos à margem do modelo normativo industrial, mas que,
eventualmente, em suas dinâmicas processuais, podem acabar incorporados por
este mesmo modelo.
Mirian Meliani é mestre e doutoranda no
PEPGCOS/PUCSP. Graduação em Comunicação Social/Jornalismo pela PUC/SP e em
História pela FFLCH/USP. Professora em cursos de extensão e especialização na
ESPM, Cogeae/PUCSP e Belas Artes. Professora nos cursos de graduação em
Jornalismo, Rádio e TV e Publicidade e Propaganda da Universidade Cruzeiro do
Sul. Membro do Grupo de Pesquisa CCM/CNPq.
"Processo de criação em Breaking Bad: entendendo o perigo",
Osmar
Guerra (PUC-SP)
Em sua pesquisa, Osmar Guerra investigou os percursos de criação
escolhidos por Vince Gilligan na criação e construção do personagem Walter
White na série Breaking Bad. Na Palestra, faremos uma análise do gênero série e
como a hibridização das mídias e dos processos de produção foram decisivos para
que o showrunner escolhesse a criação feita majoritariamente em grupo como
saída para não perder a coerência narrativa do personagem ao longo de 62
episódios divididos em 5 temporadas.
Osmar Guerra é graduado em Rádio e TV pela Belas
Artes de São Paulo e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, na linha de
pesquisa em Processos de Criação. É diretor no Núcleo de Eruditos da TV Cultura
de São Paulo. Foi o diretor geral das temporadas 2012 e 2013 do Diário do
Olivier, no GNT, gravadas na China, Turquia, África do Sul e Moçambique, além
dirigir documentários da série Cultura Pop Brasileira para o Warner Channel. Já
fez produção, roteiro e direção para programas de TV como o Tudo é Possível,
Troca de Família, Programa da Tarde, O Melhor do Brasil, apresentado por Rodrigo Faro e Programa da Sabrina
todos na TV Record. Como empreendedor criou a Crash Content, produtora
de conteúdo para TV e Internet, de publicidade e branded content para clientes
como Coca-Cola, GNT, GOL, Delta, Kelloggs, Johnson, Bradesco, entre outros.
17h15 - 18h: PALESTRA "Corrupção
no Brasil e a noção de complexo cultural", com Denise Ramos (PUC-SP);
Mediação: Mauricio Esposito (PUC-SP)
A
corrupção – comportamento compulsivo e crônico enganar a lei e a autoridade – é
a expressão de um povo que inconscientemente se sente demasiado infantil, fraco
e impotente para abertamente exigir seus direitos? Partindo da noção de
complexo cultural, que investiga os fenômenos da cultura segundo a perspectiva
da psicologia junguiana, o objetivo da palestra é discutir o tema corrupção.
Denise Gimenez Ramos é professora titular do
Programa de Estudos Pós Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP, onde
coordena o Núcleo de Estudos Junguianos. Sua pesquisa versa sobre
psicossomática, psicologia analítica, psicologia e religião (mecanismos e
rituais de cura nas religiões), complexos culturais como base de patologias
sociais, em especial preconceito e corrupção.
17/08 - SEXTA-FEIRA
10h - 18h:
INSTALAÇÕES
"Estados Alterados" (2018),
de Rodrigo Gontijo
Projeção
de pontos de luz em movimento sobre Wachuma, também conhecido por San Pedro
(Cacto usado em rituais pelos indígenas do Altiplano Andino); livros variados
sobre contracultura, expansão da consciência e cinema expandido; luminária.
Rodrigo Gontijo é artista, pesquisador e
professor no Centro Universitário SENAC. Desenvolve projetos de live cinema,
instalações e documentários. Seus trabalhos, individuais e coletivos, já foram
apresentados em diversas mostras e festivais no Brasil, Argentina, Espanha,
Marrocos e Canadá e premiados pela Associação Paulista dos Críticos de Arte
(APCA – 2005 e 2008) e Festival de Gramado (2005).
"O que vocês fariam em nosso
lugar?" (2016-2018), de Walmeri Ribeiro
Partindo
da provocação levantada pela filósofa Isabelle Stengers, no livro “No tempo das
Catástrofes”, sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que
estamos atravessando em consequência das mudanças climáticas e seus impactos
sociais, a videoinstalação “O que vocês
fariam em nosso lugar?” apresenta imagens resultantes de uma pesquisa
performativa realizada em fevereiro de 2016 e maio de 2018 na praça Mauá, zona
portuária do Rio de Janeiro. Área de
comércio de escravos durante os séculos XVIII e XIX, abandonada durante o
século XX e hoje denominada como Porto Maravilha, a praça Mauá torna-se, diante de seu projeto
futurístico, o centro de discussões sobre transformação urbana, processo de
gentrificação, poluição e impactos ambientais, abrindo frente à discussão sobre
os modos de viver e habitar os “novos” centros urbanos. “O que vocês fariam em
nosso lugar?” propõe ao espectador uma reflexão sobre esses temas ao confrontar duas ações que compõem a mesma paisagem: o corpo
espontâneo que nada nas águas poluídas da Baía de Guanabara e o corpo
institucionalizado que aspira o limpo espelho d’água do Museu do Amanhã, criado
pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
Walmeri Ribeiro é artista-pesquisadora.
Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá,
Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri
Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área
de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF,
onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e
Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis. Autora do livro “Poéticas do ator no cinema
brasileiro” (Intermeios: 2014) e
co-organizadora dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis"
(intermeios, 2014) e "Das artes e seus percursos sensíveis"
(Intermeios, 2015), possui ainda vários artigos publicado em revista
brasileiras e internacionais. Nos últimos anos participou de exposições na
Alemanha, Portugal, Inglaterra e Brasil.
10h -
11h30: MESA 4 "O IMAGINÁRIO NA CULTURA AUDIOVISUAL"
Mediação: Flávia Gasi (PUC-SP)
“Deixe-os pensar que eles te
controlam: uma reflexão sobre a série The
Handmaid’s Tale”, Flávia Lira e Nicole Mileib
(PUC-SP)
O artigo
tem o propósito de mostrar como a figura feminina foi construída neste produto
audiovisual. A série é uma distopia onde as mulheres perdem todos os seus
direitos depois de um revolução militar-religiosa que deu ao patriarcado uma
vitória triunfante. A história, que num primeiro momento se mostra absurda e
com pouca possibilidade de ter relação
com a realidade, vai se abrindo em vários sub-temas do mundo contemporâneo como a opressão masculina, a privação das
liberdades individuais, a imprensa livre, a infertilidade, o estupro. O artigo
mostra como a série tem muita relação com a realidade e como esta história faz uma ponte com o
passado e com a construção da mulher através dos tempos. Como embasamento teórico
recorremos às autoras como Simone de Beauvoir e Judith Butler, duas escritoras
de gerações distintas e portanto com modos de ver diferentes, e que construíram
o pensamento sobre a mulher nos séculos 20 e 21.
Flávia Blanco Lira é educadora de Artes e artista
do corpo. Mestranda em Comunicação e Semiótica, na PUC-SP. Pós-graduada em O
Estado e Corpo – Genealogia dos Estudos Feministas e Gênero, pela PUCSP, e
graduada em Comunicação das Artes do Corpo também pela PUCSP. Participa das
aulas técnicas de Dança Contemporânea no CRD (Centro de Referência da Dança).
Como educadora, trabalhou em instituições como Escola Vereda, Instituto
Reciclar, SESCSP e Fábricas de Cultura. Pesquisa sobre o universo, narrativas e
arquétipos femininos, resultando em trabalhos de vídeo-arte.
Nicole Mileib é jornalista formada pela PUC
Minas com pós-graduação em cinema pela Faculdade Belas Artes de São Paulo.
Trabalha como editora no Jornal da Cultura primeira edição, produção da TV
Cultura. Já passou pelas redações da Band, SBT e Globo. Produziu e dirigiu
programas audiovisuais para cursos de educação à distância e para campanhas
eleitorais.
Arqueologia da Cultura em
“Revivals" de Produtos Audiovisuais: uma análise semiótica da tradução do
filme Evil Dead 2 em série
televisiva”,
André Gropo, Renê Eduardo Arruda e Samir Cheida
(PUC-SP)
Esta
apresentação é resultado de um estudo sobre as estratégias de tradução
intertemporal que seriado o Ash vs Evil
Dead (2015) propôs em relação a
trilogia de filmes Evil Dead (1980).
A tradução do clássico thrash do
cinema em seriado ressuscita estéticas, temas, narrativas e técnicas
audiovisuais, se encaixando na lógica de reiteração própria da indústria
televisiva. Para que se possa destacar
quais estratégias de tradução foram empregadas para o “revival” da trilogia Evil
Dead, realizamos uma analogia comparativa/ contrastante dos objetos,
focando na análise do protagonista e dos coadjuvantes da trilogia da década de
1980 e da série lançada em 2015. Também utilizamos para a análise o conceito de
arquivo de Michel Foucault, entendendo a mídia como arquivo, impregnado de
história, referências, memória e de sua própria temporalidade, para entender
quais métodos a série utilizou para atualizar seu universo ao momento cultural
em que foi lançado.
Renê Eduardo Arruda é jornalista, mestrando do
Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP,
pós-graduado em Teorias da Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e membro do grupo de pesquisa CCM. Atua
profissionalmente como escritor técnico e especialista em processos ágeis de
desenvolvimento de software. Sua pesquisa está no eixo transversal entre
política, tecnologias digitais e semiótica.
Samir Cheida é mestrando
em Comunicação e Semiótica na PUC-SP com pesquisa em Montagem Transmídia.
Formado em Audiovisual na ECA/USP, com pós-graduação em Roteiro na FAAP. É
montador de diversos projetos para televisão e cinema, com destaque para a
série “Águias da Cidade” para a Discovery Channel, o programa “CQC” para a TV
Bandeirantes, e o filme “Bugrinos” exibido nos cinemas de Campinas e nos canais
ESPN.
André Nogueira Gropo é mestrando em
Comunicação e Semiótica na PUC-SP e formado em Audiovisual pela ECA-USP.
Trabalha como editor e roteirista de vídeos em sua maioria produzidos para
internet e atua profissionalmente como comediante de Stand Up.
“Uma perspectiva do imaginário acerca da
imagem da espada em animações japonesas”, Rafael Augusto (PUC-SP)
A espada
é normalmente associada às narrativas heroicas e, segundo a antropologia do
imaginário de Gilbert Durand, está vinculada ao regime diurno da imagem.
Entende-se imaginário como o universo das configurações simbólicas e das
práticas sócio-simbólicas que têm por função estabelecer o equilíbrio
biopsicossocial do ser humano, principalmente para lidar com a angústia
existencial vinculada ao medo da morte. No contexto das contemporâneas
produções midiáticas, entretanto, é possível verificar a presença de narrativas
que apresentam sentidos expandidos e a espada se transfigura em signo de complexidade.
Nessa abordagem, a espada não é apenas um instrumento de corte, divisão,
exclusão e distinção, mas incorpora de forma harmônica sentidos opostos,
vinculados aos regimes noturno e crepuscular, compostos pelos sistemas místico
e sintético das imagens. Para o melhor entendimento desta questão, o objeto
empírico da pesquisa foi composto pelas séries de animação japonesa
Katanagatari e Rurouni Kenshin, escolhida por apresentar a espada como algo
mais do que um instrumento de combate.
Rafael Montassier é doutorando em comunicação e
Semiótica pela Pontifícia Universidade
Católica SP. Mestre em Comunicação e Semiótica também pela Pontifícia
Universidade Católica SP com a dissertação “Os processos comunicacionais das imagens
de complexidade: Uma leitura da espada em animações japonesas” defendida em
2017. Graduação em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos em
2012.
12h - 13h:
MOSTRA DE VÍDEO "PAISAGENS DO AUDIOVISUAL"
Curadoria: Elena Sánchez-Velandia, Marcus
Bastos e Lucia Leão (PUC-SP)
A mostra de vídeos PAISAGENS DO AUDIOVISUAL articula três
olhares sobre o audiovisual.
Como a arte e o audiovisual discutem problemas atuais como o
feminismo, a globalização, as redes sociais e a crise ambiental? Pensar a arte
além da dicotomia kantiana entre o estético e o conceitual é o desafio na
curadoria de Elena Sánchez Velandia. No
primeiro grupo de vídeos, foram selecionadas obras latino americanas que,
nutridas pela poesia, ironia e « estética », levantam questões na interface da
arte e da política. Colombiana, Elena é filósofa, artista, e Doutora em arte,
filosofia e estética, pela Université de Picardie Jules Verne, UPJV, França,
2017. Sua tese, com título “Reflexões para uma filosofia menor". Em torno
do conceitualismo latino-americano, teve como Orientador Lorenzo Vinciguerra.
Atualmente desenvolve pesquisa de Pós Doutorado no Programa de Pós Graduação em
Comunicação e Semiótica da PUC-SP, com supervisão de Lucia Leão e bolsa CAPES.
É membro do CCM. Na seleção, estão presentes vídeos de Andrea Aguía, Mario
Opazo, Juan Manuel Echavarria e Gabriela Golder, entre outros.
No segundo grupo de obras, Marcus Bastus, professor do Curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP, nos oferece a oportunidade de conhecer os trabalhos de estudantes sob sua orientação. Numa época em que aumenta a complexidade do pensamento audiovisual, os trabalhos apresentam perfis diversos, transitam entre a ficção, o documentário e o ensaio, recorrendo, ora ao suspense, ora ao humor, ora ao registro da realidade, para discutir questões da atualidade. Os vídeos foram realizados na disciplina "Temas Avançados de Produção Audiovisual", em uma experiência em conjunto com os professores de direção de fotografia, edição de som e montagem, Diego Arvate, Bruno Rico e Nicolau Centola.
É possível desenvolver um tipo de pensamento complexo utilizando as linguagens do audiovisual? Com o título “As audiovisualidades como espaço de pensamento”, o terceiro recorte curatorial apresenta a série de vídeo experimentos "Following Seven Alchemical Metals # Metallurgy, Media, Minds", de Patricia Pisters, Professora da Universidade de Amsterdã, juntamente com os trabalhos de vídeo ensaios dos alunos da disciplina de Linguagem Imagéticas do curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP. Com autoria de Lucia Leão, o projeto é parte de uma pesquisa maior que busca cartografar as potências de produção de conhecimento que emergem de experimentações ensaísticas das audiovisualidades. Os vídeo ensaios são resultados de um projeto integrado com os professores Elisabeth Alfeld Rodrigues, Ane Shyrlei Araújo, Zuleica Camargo, Cida Caltabiano, Marli Alencar e Hermes Renato Hildebrand.
13h45 -
15h15: MESA 5 "ARTE E POLÍTICA"
Mediação: Marcelo Prioste (PUC-SP)
"Método Tríade, para fins metodológicos de uma curadoria de
arte",
Roseli Demercian (PUC-SP)
Como
acabou a estrutura formal dos “ismos”dando espaço para as poéticas , quer
dizer, aos processos artísticos,
desenvolvi o método Tríade, para fins metodológicos de uma curadoria de
arte. Estabeleci as seguintes premissas a) espaço: o local, a arquitetura , o
ciberespaço; b) tempo: o tempo vivido é estar no mundo ; c) Ocupação: é a
percepção, a experiência. Nesse sentido pretende-se explanar o processo de desenvolvimento
metódologico curatorial.
Roseli Demercian tem Graduação em Pedagogia
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie . Graduação em Artes Visuais pelo
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo , especialização no Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo ( MAC/USP) e mestrado em Educação, Arte e História da
Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie . Doutora em Comunicação e
Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é membro do Grupo
de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias (CCM) da PUC/SP, coordenado
pela Profª Dra. Lúcia Leão. É curadora independente e proprietária do Centro
cultural Casagaleria e oficina de arte Loly Demercian.
“Territórios Sensíveis: intervir
requer certa brevidade”, Walmeri Ribeiro (UFF)
Inspirada
pelos apontamentos de Isabelle Stengers, no livro “No tempo das Catástrofes”
(2012), sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que
estamos atravessando e, sobretudo, de seus impactos sociais, Intervir
requer certa Brevidade busca discutir de forma poética, política e
estética, como experiências performativas imersivas em diferentes paisagens,
climas e culturas, podem contribuir para mudanças urgentes em nossos modos de
viver, de habitar e de pensar o mundo hoje. Em diálogo com as tecnologias e as
ciências, este é um convite para que juntos possamos pensar sobre qual futuro
estamos construindo.
Walmeri Ribeiro é artista-pesquisadora.
Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá,
Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri
Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área
de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF,
onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e
Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis. Autora do livro “Poéticas do ator no cinema
brasileiro” (Intermeios: 2014) e
co-organizadora dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis" (intermeios,
2014) e "Das artes e seus percursos sensíveis" (Intermeios, 2015),
possui ainda vários artigos publicado em revista brasileiras e internacionais.
Nos últimos anos participou de exposições na Alemanha, Portugal, Inglaterra e
Brasil.
"Escola Translinguística de
Filosofia", Elena Sánchez Velandia (PUC-SP)
A Escola
Translinguística de Filosofia (ETF) é um
lugar, não necessariamente físico, para a
criação coletiva de conceitos, que investiga a rede como um meio dessa
criação. Se a sociedade de controle é o correlato da sociedade da informação
globalizada, usar a rede para criar conceitos pode ser uma maneira de resistir
ao controle.
Elena Sánchez Velandia, é artista (Universidad Nacional de Colombia, Accademia
di belle arti di Roma) e Filosofa (Università
Roma Tre). Ela fez uma especialização em estudos de gênero (Università Roma Tre) e um mestrado em
teoria da arte (École de Hautes Etudes en
Sciences Sociales). No seu doutorado, obtido na Universidade de Amiens,
trabalhou sobre o arte conceitual latino-americana, onde também ministrou aulas
de filosofia da arte. Atualmente desenvolve a sua pesquisa de pós-doutorado na
PUC-SP sobre a arte na sociedade de controle.
15h30 -
16h45: MESA 6 "ARTE COMO SINTOMA DA
CULTURA"
Mediação: Guilherme da Rocha (PUC-SP)
"Séries de TV complexas:
processos de criação e de engajamento da audiência", Silvio Anaz (USP)
Parte
das séries dramáticas da TV bem-sucedidas caracteriza-se pela hibridação dos
formatos episódico e serial, universo expandido (transmídia), engajamento da
audiência e arcos longos que aprofundam as características dos personagens.
Nesta apresentação, analisa-se esse fenômeno a partir da identificação das
principais especificidades dos processos contemporâneos de criação e de fruição
das séries televisivas para, em seguida, mapear e descrever os recursos que têm
se destacado e contribuído para o seu êxito. Os resultados mostram a
importância do papel do showrunner,
da lógica de produção e consumo dos canais por assinatura e do uso de recursos
narrativos desafiadores para a audiência no sucesso dessas séries.
Silvio Anaz é doutor em Comunicação e Semiótica
pela PUC-SP. Pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de
Comunicações de Artes da USP. Pesquisador visitante na School of the Arts,
Media, Performance & Design da York University. Pesquisador dos grupos de
pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias, da PUC-SP, e Midiato - Grupo de
Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas, da USP. Professor do Mestrado
Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM Centro Universitário.
"As materialidades do imaterial:
a relação sem costura entre sujeito e objeto na arte", Vanessa Lopes (PUC-SP)
O
trabalho problematiza a materialidade da arte na hipermodernidade, levantando
algumas formas de utilização do termo imaterial utilizadas para tipificar obras
de arte. Para tanto, propomos uma leitura processual fundamentada na teoria
corpomídia, de Katz e Greiner, a partir de uma análise comparativa entre as
exposições "Les Immatériaux” (1985) e “The Immaterials Project” (2015).
Vanessa Lopes é artista, pesquisadora e
produtora cultural; doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, com
bolsa CNPq. É parecerista credenciada do Minc, membro do grupo de Pesquisa em
Comunicação e Criação nas Mídias - CCM (PUC/SP, CNPq) e do SenseLab (Concordia University).
"Arte, natureza e
tecnociência", Suzete Venturelli (UnB)
A
apresentação busca refletir sobre a redefinição e o devir do conceito de
natureza na arte computacional. Os artistas buscam por meio de tecnologias computacionais,
explorar e reivindicar a poética e o utopismo inerentes ao conceito de
natureza. Embora o questionamento da ideia de natureza não seja uma proposta
original na arte, é evidente que, diante do surgimento de problemas ecológicos
e do surgimento de novas ciências, ela se atualiza e assume novas formas. A
natureza, então, não é tema artístico apenas por razões ecológicas, mas se
tornou um material que reflete uma gama de problemas sociais.
Suzete Venturelli é professora e artista da
Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais.
Coordenadora do MediaLAb/UnB, pesquisadora do CnPq e do Grupo de Pesquisa em
Comunicação e Criação nas Mídias da PUC-SP.
17h -
17h45: PALESTRA
"Aplicações da teoria de Gilbert Durand nas produções Disney Pixar"
O mito e
suas estruturas de sensibilidade continuam vigentes em nossa sociedade, cada
vez mais necessitada de manifestações de liberdade e de meios de formular
sentido para a experiência do viver. Nesta palestra são apresentados os
conceitos de Imaginário segundo o pensador francês Gilbert Durand e tenta-se
esclarecer a relação entre produção e interpretação de imagens através da
análise de fragmentos de três filmes realizados pelos Estúdios Disney Pixar:
“Enrolados” (Tangled, Nathan Greno e Byron Howard, 2010), “Frozen” (Chris Buck
e Jennifer Lee, 2013) e “Moana” (Ron Clements e John Musker, 2016).
André Carvalho é Mestre em Comunicação e
Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), Bacharel
em Comunicação Social com ênfase em Propaganda e Marketing pela Escola Superior
de Propaganda e Marketing (1998), pesquisador do Imaginário, professor,
tradutor, revisor, redator e, de vez em quando, baterista.
ATIVIDADE PARALELA - VIVÊNCIA E WORKSHOP ESCAPE
A Oficina de Hefesto :: Projeto de vivência Escape Game
Escape Game Real
Experience, também denominado Escape Room é um termo geral para denominar
um tipo de jogo de aventura composto por enigmas e desafios que são vivenciados
em um espaço físico fechado. Também conhecidos como jogos de fuga, em geral, o
objetivo é conseguir escapar do espaço e, muitas vezes, são experiências que
ocorrem durante um período de tempo determinado.
Pensado enquanto espaço de exploração
reflexiva, o Escape Game "A Oficina
de Hefesto" resgata a imagem do deus metalúrgico grego para discutir
os processos mentais que perpassam as vivências criativas do audiovisual. Em
diálogo com a proposição conceitual e os vídeos ensaios de Patricia Pisters,
teórica das mídias e professora da Universidade de Amsterdã, o projeto revisita
processos alquímicos, antigas narrativas e bibliotecas. Nessa perspectiva, os
processos de criação se relacionam com as imagens simbólicas dos metais: Ouro,
Prata, Cobre, Estanho, Ferro, Alumínio e Chumbo. Em suas cadeias associativas,
Pisters nos convida a perceber os elos e as sentidos que cada um desses metais
imprime na cultura. Entre as escolhas e os enigmas que compõem a vivência do
jogo, "A Oficina de Hefesto" nos oferece uma paisagem ao mesmo tempo
mítica e lógica associativa de grandes temas do imaginário social contemporâneo.
"A Oficina de Hefesto" tem direção de
Paula Carolei e concepção de Paula Carolei e Lucia Leão. Mais informações: www.gameout.com.br
VIVÊNCIA -
"A Oficina de Hefesto"
Data:
16/08; quinta-feira
Sessões:
14h -14h45 | 15h - 15h45 | 16h - 16h45 | 17h - 17h45
Local:
Sala Ensaio | Tuca
Inscrição:
inscricoesccm@gmail.com | 12 vagas por sessão | gratuito
WORKSHOP - “Criação de jogos do tipo Escape Room”
Ministrante:
Paula Carolei
Data:
17/08; sexta-feira
Horário:
14h - 17h
Local:
Sala Ensaio | Tuca
Inscrição:
inscricoesccm@gmail.com | 30 vagas | gratuito
#CCMpucsp
#encontrodepesquisaCCM
Sobre o
CCM
Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas
Mídias – CCM (Cnpq)
Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação
e Semiótica da PUC-SP
FICHA
TÉCNICA
Coordenação
geral: Lucia Leão
Convidados
mesas: André Gropo, Beatriz Aoki, Elena Sanchez
Velandia, Flávia Lira, Karina Bousso, Mauricio Pontes Esposito, Miriam Meliani,
Nicole Mileib, Osmar Guerra, Patricia Assuf Nechar, Rafael Augusto, Raul
Prospero Marques Caldeira, Renê Eduardo Arruda, Robson Kumode Wodevotzky,
Roseli Demercian, Samir Cheida, Silvio Anaz, Suzete Venturelli, Valéria
Aprobato, Vanessa Lopes e Walmeri Ribeiro.
Mediadores: Ana Paula Guimarães, Alessandra Barros, Mauricio Esposito, Flávia
Gasi, Marcelo Prioste e Guilherme da Rocha
Palestrantes: Denise Ramos e André Carvalho
Instalações: Rodrigo Gontijo e Walmeri Ribeiro
Curadoria
de vídeo: Elena Sánchez-Velandia, Lucia Leão e Marcus
Bastos
Direção
vivência escape: Paula Carolei
Conceito
vivência escape: Paula Carolei e Lucia Leão
Workshop
escape: Paula Carolei
Produção
escape: Victor Castro
Assistência
escape: Gabriel da Silva Bruno e Henrique da Costa
Evangelista
Inscrições
e divulgação escape: Luma Santos de Oliveira
Produção
geral: Paula Guimarães e Maurício Esposito
Produção
mesas: Renê Arruda
Produção
mostra de vídeos: Bernardo Queiroz, Gabriel Augusto e
Rafael Augusto
Produção
workshop: André Carvalho
Direção
técnica: Patricia Assuf Nechar
Arte
gráfica: Guilherme da Rocha
Divulgação: Dânica Machado
Cobertura
nas Redes Sociais: Valéria Aprobato
Trilha sonora: Rafael Augusto
Certificados: Fernanda Ceretta
Produção
executiva: Vanessa Lopes
Realização: CCM
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