Apontamentos e anotações - aula 4 - 15/09

Aula sobre regime de polaridades dentre o dualismo diurno x noturno

Fonte bibliográfica primária – Durand, G (1989). As estruturas antropológicas do imaginário. Tradução: Hélder, Godinho. Lisboa: Presença. Pág. 305.

Parte I – discussão/debate teórico

Parte II - atividade em sala de aula

Divisão da turma em dois grupos (diurno e noturno) para pesquisa de imagens dentre o dualismo proposto. Utilização do Flickr como base de pesquisa para a busca de imagens (fotos, esculturas, pinturas...), com vistas à montagem de projeto no software TAG Galaxy (http://www.taggalaxy.com/)* . Conclusão da atividade na aula do dia 22.09.


Estrutura da aula:

a. Sobre a domestificação do tempo

Mito Chronos - guardião dos tempos, ou "Pai do Tempo”.
Na mitologia grega, Chronos ou Khronos era a personificação do tempo. Uma de suas representações era a de um homem que devorou os filhos para não ser devorado por eles (sucessão), limitando a ação/atuação/sanção do tempo.

A lógica era de que, assim, Chronos controlaria o tempo de forma a não perder o trono para algum de seus herdeiros, mas um deles, o deus olímpico Zeus, que não fora devorado pelo pai por proteção da mãe, resgatou os irmãos sucumbidos e destronou Chronos.

b. O dualismo entre diurno x noturno

Diurno – tempo nos eixos (masculino)

• Tempo mecânico/programado: relógio; cronômetro;
• Tempo que não volta;
• Razão/racionalismo no processo de discussão;
• Direção ereta/ascencional;
• Vazado;
• Esteriotipado;
• Separação/distinção;
• Exclusão;
• Muros/cercas/limites;
• Oposições/contradições;
• Castração;
• Lutas/agressividade;
• Posturas assertivas;
• Espada;
• Literal/cruel/radical.

Noturno – tempo fora dos eixos (feminino)

• Típico de quem usa frases como “o tempo voa”;
• Êxtase (estado alterado de consciência);
• Rituais/misticismo;
• Irracional;
• Transforma-se/altera-se;
• Vivo/mutante;
• Sombra/profundezas;
• Oposições mescladas/confusão;
• Tátil, olfativo, gustativo, digestivo.


*Com o Tag Galaxy é possível se visualizar grandes massas de dados a partir de fonte de dados, como no caso específico do banco de fotos do Flickr. O dispositivo gera uma tela simples formada por estrela e planetas que pedem uma tag que, por sua vez, gera um sistema solar inicial. A cada nova tag associada, o universo de fotos é delimitado, estreitando a busca. A partir daí, clicando-se no planeta central, este se transforma em uma esfera geodésica com parte das fotos selecionadas. Clicando em uma foto, temos o detalhe. Clicando de novo, vamos para a página do Flickr onde a foto está em exibição. O Tag Galaxy é feito em Flash , visualmente muito bonito e com a capacidade de otimizar a busca de imagens relacionadas. Texto adaptado: Download Squad.

Fonte complementar: Wikipedia; Flickr.