IV Encontro de Pesquisa CCM :: 16 e 17 de agosto de 2018



IV Encontro de Pesquisa CCM:
transformações na cultura das redes e o pensamento do audiovisual



16 e 17 de agosto de 2018
das 10h às 18h
Local: Auditório Paulo Freire | Tuca
Rua Monte Alegre, 1024
Perdizes, São Paulo-SP
PUC-SP




O Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias - CCM, coordenado pela Professora Lucia Leão, tem o prazer de convidar a comunidade acadêmica da PUC-SP para o IV Encontro de Pesquisa CCM: transformações na cultura das redes e o pensamento do audiovisual, a realizar-se nos dias 16 e 17/08, das 10h às 18h, no TUCA – Teatro da Pontifícia Universidade Católica. Trata-se de um evento acadêmico anual promovido pelo grupo a fim de fomentar o compartilhamento público de suas pesquisas em desenvolvimento. No contexto das recentes transformações das tecnologias de comunicação, dos processos de digitalização, das múltiplas plataformas de acesso e das novas possibilidades técnicas nos processos de criação e produção, o encontro tem por objetivos (1) realizar uma mostra de trabalhos em audiovisual; (2) propor uma revisão crítica do estado da arte e promover debates sobre o tema; (3) promover um workshop e (4) apresentar um projeto de vivência lúdica no formato Escape.


Proposta conceitual 2018
O audiovisual – entendido tanto como mídia quanto como cultura – constitui a base de grande parte das experiências do cotidiano. Presente no cinema, televisão, vídeos, redes digitais e videogames, o audiovisual também se manifesta em smartphones, tablets, notebooks e tantas outras telas em diferentes formatos que habitam o espaço urbano. No contexto das recentes transformações das tecnologias de comunicação, dos processos de digitalização, das múltiplas plataformas de acesso e das novas possibilidades técnicas nos processos de criação e produção, o encontro funciona como uma coletânea dos trabalhos recentes do Grupo de Pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias (CCM).
 


PROGRAMAÇÃO COMPLETA



16/08 - QUINTA-FEIRA


10h - 10h30: ABERTURA

Lucia Leão: A pesquisa do CCM e a proposta do IV Encontro: a cultura das redes e o pensamento do audiovisual

Rogério da Costa:  Desafios da pesquisa no COS: Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP 


10h - 18h: INSTALAÇÕES

"Estados Alterados" (2018), de Rodrigo Gontijo
Projeção de pontos de luz em movimento sobre Wachuma, também conhecido por San Pedro (Cacto usado em rituais pelos indígenas do Altiplano Andino); livros variados sobre contracultura, expansão da consciência e cinema expandido; luminária.
Rodrigo Gontijo
Artista, pesquisador e professor no Centro Universitário SENAC. Desenvolve projetos de live cinema, instalações e documentários. Seus trabalhos, individuais e coletivos, já foram apresentados em diversas mostras e festivais no Brasil, Argentina, Espanha, Marrocos e Canadá e premiados pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA – 2005 e 2008) e Festival de Gramado (2005).

"O que vocês fariam em nosso lugar?" (2016-2018), de Walmeri Ribeiro
Partindo da provocação levantada pela filósofa Isabelle Stengers, no livro “No tempo das Catástrofes”, sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que estamos atravessando em consequência das mudanças climáticas e seus impactos sociais, a videoinstalação  “O que vocês fariam em nosso lugar?” apresenta imagens resultantes de uma pesquisa performativa realizada em fevereiro de 2016 e maio de 2018 na praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro.  Área de comércio de escravos durante os séculos XVIII e XIX, abandonada durante o século XX e hoje denominada como Porto Maravilha,  a praça Mauá torna-se, diante de seu projeto futurístico, o centro de discussões sobre transformação urbana, processo de gentrificação, poluição e impactos ambientais, abrindo frente à discussão sobre os modos de viver e habitar os “novos” centros urbanos. “O que vocês fariam em nosso lugar?” propõe ao espectador uma reflexão sobre esses temas ao  confrontar duas ações  que compõem a mesma paisagem: o corpo espontâneo que nada nas águas poluídas da Baía de Guanabara e o corpo institucionalizado que aspira o limpo espelho d’água do Museu do Amanhã, criado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
Walmeri Ribeiro
Artista-pesquisadora. Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá, Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF, onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis.  Autora do livro “Poéticas do ator no cinema brasileiro” (Intermeios: 2014)  e co-organizadora dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis" (intermeios, 2014) e "Das artes e seus percursos sensíveis" (Intermeios, 2015), possui ainda vários artigos publicado em revista brasileiras e internacionais. Nos últimos anos participou de exposições na Alemanha, Portugal, Inglaterra e Brasil.


10h30 - 12h: MESA 1 "PROCESSOS DE CRIAÇÃO EM AUDIOVISUAL"
Mediação: Bernardo Queiroz (PUC-SP)

"O design de som de monstros do cinema: uma cartografia dos processos de criação de identidades sonoras na construção de personagens", Fernanda Ceretta (PUC-SP)
Resumo do doutorado defendido em Junho de 2018, o qual propôs a análise do sound design de monstros do cinema, sobretudo suas vozes. Chewbacca(Star Wars, 1977), Godzilla (1954) e Predador (1987) constituem o corpus da pesquisa. Estes monstros possuem vozes compostas por designers que experimentaram diferentes processos de criação, utilizando sons na natureza, do corpo e de objetos manipulados para criar a identidade sonora destas personagens. investigamos os contextos destes processos de criação e demais características sonoras, como frequências, timbres e intensidades.
Fernanda Manzo Ceretta é doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e sound designer de jogos mobile.

"Criação e modelos de negócios no audiovisual”, Paula Martinelli (PUC-SP)
Atualmente, momento em que os modos de consumo de conteúdo audiovisual passam por drásticas mudanças, é preciso nos perguntarmos: para quem a produção se dirige? A resposta passa pelas métricas e algoritmos, pelo alcance global, e chega também ao modelo de negócios das empresas que a financiam. Isso quer dizer que a criação no audiovisual ocupa o centro de uma importante discussão que inclui elementos técnicos, regulatórios e mercadológicos – estamos falando de um contexto em ebulição do qual participam diversos públicos: empresas produtoras, órgãos de fomento e consumidores. A palestra tem o objetivo de situar os processos de criação neste cenário complexo, abordando temas como adequação dos projetos aos modelos de negócios das empresas, internacionalização do conteúdo e, principalmente, a importância do conhecimento, por parte dos produtores, do contexto em que trabalham e dos diversos públicos com os quais se comunicam.
Paula Martinelli é graduada em Comunicação Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e Mestra em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com bolsa do CNPq.  Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado como bolsista CNPq, também na PUC-SP, e integra o Grupo de Pesquisa em Processos de Criação, coordenado pela Profa. Dra. Cecilia Almeida Salles. Como profissional, dedica-se há mais de 14 anos a comunicação corporativa e marketing no mercado do entretenimento e audiovisual, trabalhando para marcas da Discovery Networks, entre outras.

"Arte sonora e espaço público: novas possibilidades éticas e estéticas", Dudu Tsuda (PUC-SP)
Nesta apresentação discutiremos o tema do espaço e do tempo em intervenções urbanas e obras performáticas para espaço público, a partir de uma pesquisa interdisciplinar sobre possibilidades poéticas e estéticas no espaço urbano que hibridize formas diferentes de produção de conhecimento, promovendo o entrecruzamento e o diálogo entre investigação teórica e prática artística. Neste sentido, apresentaremos um estudo de caso da intervenção urbana sonora Promenade realizada pelo artista multimídia Dudu Tsuda à luz de autores de diferentes modalidades disciplinares.
Dudu Tsuda é artista multimídia, artista sonoro, músico, compositor, performer, produtor musical e professor convidado da PUC/SP desde 2010 (disciplina de Trilha Sonora e Produção Musical no curso de graduação de Comunicação em Multimeios). Mestre pelo programa Tecnologias da Inteligência e Design Digital PUC-SP. Graduado em Comunicação em Multimeios PUC – SP.




12h - 13h: MOSTRA DE VÍDEO "PAISAGENS DO AUDIOVISUAL"
Curadoria: Elena Sánchez-Velandia, Marcus Bastos e  Lucia Leão (PUC-SP)

A mostra de vídeos PAISAGENS DO AUDIOVISUAL articula três olhares sobre o audiovisual. 
Como a arte e o audiovisual discutem problemas atuais como o feminismo, a globalização, as redes sociais e a crise ambiental? Pensar a arte além da dicotomia kantiana entre o estético e o conceitual é o desafio na curadoria de Elena Sánchez Velandia. No primeiro grupo de vídeos, foram selecionadas obras latino americanas que, nutridas pela poesia, ironia e « estética », levantam questões na interface da arte e da política. Colombiana, Elena é filósofa, artista, e Doutora em arte, filosofia e estética, pela Université de Picardie Jules Verne, UPJV, França, 2017. Sua tese, com título “Reflexões para uma filosofia menor". Em torno do conceitualismo latino-americano, teve como Orientador Lorenzo Vinciguerra. Atualmente desenvolve pesquisa de Pós Doutorado no Programa de Pós Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, com supervisão de Lucia Leão e bolsa CAPES. É membro do CCM. Na seleção, estão presentes vídeos de Andrea Aguía, Mario Opazo, Juan Manuel Echavarria e Gabriela Golder, entre outros.

No segundo grupo de obras, Marcus Bastus, professor do Curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP, nos oferece a oportunidade de conhecer os trabalhos de estudantes sob sua orientação. Numa época em que aumenta a complexidade do pensamento audiovisual, os trabalhos apresentam perfis diversos, transitam entre a ficção, o documentário e o ensaio, recorrendo, ora ao suspense, ora ao humor, ora ao registro da realidade, para discutir questões da atualidade. Os vídeos foram realizados na disciplina "Temas Avançados de Produção Audiovisual", em uma experiência em conjunto com os professores de direção de fotografia, edição de som e montagem, Diego Arvate, Bruno Rico e Nicolau Centola.

É possível desenvolver um tipo de pensamento complexo utilizando as linguagens do audiovisual? Com o título “As audiovisualidades como espaço de pensamento”, o terceiro recorte curatorial apresenta a série de vídeo experimentos "Following Seven Alchemical Metals # Metallurgy, Media, Minds", de Patricia Pisters, Professora da Universidade de Amsterdã, juntamente com os trabalhos de vídeo ensaios dos alunos da disciplina de Linguagem Imagéticas do curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP. Com autoria de Lucia Leão, o projeto é parte de uma pesquisa maior que busca cartografar as potências de produção de conhecimento que emergem de experimentações ensaísticas das audiovisualidades. Os vídeo ensaios são resultados de um projeto integrado com os professores Elisabeth Alfeld Rodrigues, Ane Shyrlei Araújo, Zuleica Camargo, Cida Caltabiano, Marli Alencar e Hermes Renato Hildebrand.


14h - 15h30: MESA 2 "CONFIGURAÇÕES DO CORPO DIGITAL"
Mediação: Ana Paula Guimarães (PUC-SP)

“Culturas do corpo e da juventude nas redes sociais digitais: uma cartografia dos imaginários midiáticos e do culto de celebridades no Instagram”, Valéria Aprobato (PUC-SP)
Quais são os discursos nas redes sociais digitais que circulam em torno dos temas da busca do corpo perfeito e da eterna juventude? No contexto das inúmeras publicações sobre beleza, saúde e boa forma presentes no ciberespaço (Leão), a presente tese de doutorado parte da hipótese de que existe imaginário social complexo sendo construído nas redes e que é possível realizar uma cartografia dos afetos, das práticas e das lógicas que compõem esse imaginário. O método de pesquisa envolveu: pesquisa teórica (leitura de textos e revisão bibliográfica da literatura); pesquisa empírica composta por: (1) análise de discursos presentes nas redes de celebridades; (2) questionários e entrevistas com seguidores das redes sociais selecionadas; (3) cartografia. O corpus escolhido é composto por páginas do Instagram de Jane Fonda, Arnold Schwarzenegger, Bela Gil, Bella Falconi e Kéfera. A fundamentação teórica é composta por Foucault (discursos de poder, biopolítica e subjetividade); Leão (cultura das redes, mitoanálise e cartografia como método de pesquisa de imaginários midiáticos); Spinoza (afetos); Flusser e Proser (estudos culturais acerca das noções de gula e vaidade). Como resultados alcançados, pudemos verificar que os discursos de desejos de um corpo perfeito e eterna juventude abrigam três matrizes míticas de construção coletiva de subjetividades (heroica, transgressora e transformativa). Assim, compreendemos que a presente tese é uma contribuição para os estudos dos imaginários midiáticos que povoam os discursos sobre corpo perfeito e eterna juventude nas redes e que a utilização do método da cartografia de discursos foi produtiva para a construção de um entendimento dessas complexas subjetividades.
Valéria Aprobato é educadora física, personal trainer, escritora e estudante de nutrição pela Unip-SP; mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com bolsa CNPq. É membro do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias - CCM (PUC-SP, CNPq)

“O corpo e as imagens que construímos nas redes: uma cartografia dos processos de criação do episódio Nosedive em Blackmirror”, Karina Bousso, Patricia Assuf Nechar e Robson Kumode Wodevotzky (PUC-SP)
O trabalho analisa o processo de criação de Nosedive, episódio da terceira temporada da série Black Mirror, produzida pela plataforma de streaming Netflix. O objetivo foi identificar os elementos presentes na composição do audiovisual que reverberam e criticam as maneiras de interagir por imagens nas redes, frutos dos novos dispositivos tecnológicos, que estão reconfigurando o modus vivendi sociocultural hodierno. Passaremos pelos processos e a maneira em que o roteiro foi construído, a forma em que os meios tecnológicos permitem uma exploração da exposição do indivíduo e, por último, serão discutidas as características da imagem que construímos nas redes sociais.
Robson Kumode Wodevotzky é doutorando e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (auxílio CAPES) e bacharel em Rádio e TV pela Universidade Anhembi Morumbi. Pesquisa processos de criação de audiovisuais para plataformas online.
Karina Bousso é doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora Auxiliar na Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Integrante do Núcleo Interdisciplinar de Professores (FAAP). Ministra as disciplinas de Epistemologia em Comunicação e Comunicação e Hipermídia na FAAP, além de co-orientar trabalhos de conclusão de curso de Comunicação Social. Possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela FAAP (2012). Membro do Grupo de Pesquisa em Processos de Criação da PUC-SP, coordenado pela Professora Dra. Cecília Almeida Salles.
Patrícia Assuf Nechar é mestre e doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC – SP, pesquisa sobre o corpo feminino plus size dentro das redes comunicacionais do ciberespaço. Membro do grupo de Pesquisa do CNPQ: Comunicação e Criação nas Mídias sobre a orientação da Dra. Profa Lúcia Leão. Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Rádio e TV pela UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba.  Especializou-se em Marketing pela FAAP. Docente da Universidade Cruzeiro do Sul no curso de Comunicação Social, membro fundadora e assessora de comunicação da REBEL – Rede Brasileira de Estudo Lúdicos e uma das editoras da Fanpage e Blog   “Sou Gordinha Sim by Helena Custódio”. Atua como produtora, roteirista, fotógrafa e câmera em diversas produções em diferentes mídias.

"Hatsune Miku: estudo sobre a construção coletiva do ídolo virtual e da relação com os fãs no cenário japonês", Beatriz Aoki (PUC-SP)
O tema desta pesquisa é a ídolo virtual Hatsune Miku e a sua constituição coletiva a partir das práticas de seus fãs, responsáveis por grande parte da produção de seu conteúdo (como músicas, vídeos e ilustrações). O “detalhe” mais curioso que inspira esta pesquisa é que Hatsune Miku não é uma pessoa. Ela é uma imagem, um holograma, um ídolo virtual. Aqui, buscamos compreender como o ídolo virtual no cenário pop do Japão evidencia a relação do fã japonês com a fantasia, tendo como hipótese principal que, para ele, a fantasia é uma forma de realidade e a noção de autoria é compartilhada, sugerindo uma indistinção entre criação, produção e circulação. A metodologia baseia-se na análise conceitual dos processos construtivos do ídolo virtual, a partir da revisão bibliográfica que descreve a cultura otaku; nos estudos da relação fã-celebridade no âmbito específico japonês e na pesquisa documental e análise dos conteúdos produzidos em torno do objeto de estudo.
Beatriz Aoki é mestre e doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, sob orientação da Profa. Dra. Christine Greiner, e integrante do Centro de Estudos Orientais da mesma instituição. Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Atua profissionalmente na área de Desenvolvimento Institucional do Museu do Futebol (ID Brasil, Cultura, Educação e Esporte), tendo experiência na área cultural em Marketing e Comunicação pela Cultura Artística e a Fundação Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.



15h40 - 17h10: MESA 3 "PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE NARRATIVAS"
Mediação:  Alessandra Barros (PUC-SP)

A Operação Lava Jato em sua Versão Audiovisual: uma análise sob a perspectiva de Foucault”, Mauricio Pontes Esposito e Raul Prospero Marques Caldeira (PUC-SP)
As narrativas jornalísticas sobre investigações da chamada Operação Lava Jato acabaram traduzidas para o ambiente da ficção audiovisual, construindo um imaginário social sobre corrupção de funcionários públicos e partidos políticos. Neste artigo, iremos nos debruçar sobre um exemplo desse fenômeno, a produção nacional Polícia Federal – A Lei é para Todos., que estreou nos cinemas em 2017. O objetivo é propor uma reflexão sobre como a tradução para a ficção de fatos narrados pelo discurso midiático sobre corrupção na administração pública desempenha um papel relevante na construção de um entendimento linear e simbólico sobre essa realidade mediada por discursos. A percepção comum sobre as narrativas ficcionais da Operação Lava Jato exerce potencialmente um papel estratégico nas relações de poder da sociedade, se pensarmos nos conceitos de discurso e dispositivo propostos pelo filósofo francês Michel Foucault.
Mauricio Pontes Esposito é doutorando no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, bolsista do CNPq, Mestre em Comunicação Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Bacharel em Ciências da Comunicação pela ECA/USP. Membro do Grupo de Pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias, da PUC-SP, certificado pelo CNPq. Possui passagens pela iniciativa privada em veículos de comunicação e como profissional de comunicação corporativa.
Raul Prospero Marques Caldeira é graduado em Comunicação Social, com Habilitação em Publicidade e Propaganda, pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, e especialização em Docência no Ensino Superior pelo Complexo Educacional Faculdades Metropolitanas. Mestrado em andamento no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.


"Percursos da produção e distribuição de notícias nas redes sociais digitais", Mirian Meliani (PUC-SP)
As transformações na construção e distribuição de notícias a partir do uso das redes sociais digitais são o ponto de origem desta pesquisa. Parte-se do pressuposto de que a popularização das redes sociais digitais tenha conduzido os relatos de reportagem, opiniões e imagens jornalísticas ao transbordamento da base formal de sustentação. Ao multiplicar-se em sentidos transversais, longe de portais e versões digitais de revistas, jornais e programas impressos e/ou televisivos, esses modos de produção, muitas vezes, remetem a modos de troca de dados enraizados no período pré-industrial. Tudo isso coloca diferentes atores em campo. Jornalistas, não-jornalistas e o não-humano (a geração automática de textos jornalísticos por meio de algoritmos e sistemas já é uma realidade) convivem e geram turbulências, criando novos sentidos para esses processos. No caso das notícias nas redes, como esses múltiplos elementos atuam na propagação? Essas produções transformam substancialmente a própria definição de notícia? O corpus empírico da pesquisa é composto por uma seleção de projetos desenvolvidos à margem do modelo normativo industrial, mas que, eventualmente, em suas dinâmicas processuais, podem acabar incorporados por este mesmo modelo.
Mirian Meliani é mestre e doutoranda no PEPGCOS/PUCSP. Graduação em Comunicação Social/Jornalismo pela PUC/SP e em História pela FFLCH/USP. Professora em cursos de extensão e especialização na ESPM, Cogeae/PUCSP e Belas Artes. Professora nos cursos de graduação em Jornalismo, Rádio e TV e Publicidade e Propaganda da Universidade Cruzeiro do Sul. Membro do Grupo de Pesquisa CCM/CNPq.


"Processo de criação em Breaking Bad: entendendo o perigo", Osmar Guerra  (PUC-SP)
Em sua pesquisa, Osmar Guerra investigou os percursos de criação escolhidos por Vince Gilligan na criação e construção do personagem Walter White na série Breaking Bad. Na Palestra, faremos uma análise do gênero série e como a hibridização das mídias e dos processos de produção foram decisivos para que o showrunner escolhesse a criação feita majoritariamente em grupo como saída para não perder a coerência narrativa do personagem ao longo de 62 episódios divididos em 5 temporadas.
Osmar Guerra é graduado em Rádio e TV pela Belas Artes de São Paulo e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, na linha de pesquisa em Processos de Criação. É diretor no Núcleo de Eruditos da TV Cultura de São Paulo. Foi o diretor geral das temporadas 2012 e 2013 do Diário do Olivier, no GNT, gravadas na China, Turquia, África do Sul e Moçambique, além dirigir documentários da série Cultura Pop Brasileira para o Warner Channel. Já fez produção, roteiro e direção para programas de TV como o Tudo é Possível, Troca de Família, Programa da Tarde, O Melhor do Brasil, apresentado por Rodrigo Faro e Programa da Sabrina todos na TV Record. Como empreendedor criou a Crash Content, produtora de conteúdo para TV e Internet, de publicidade e branded content para clientes como Coca-Cola, GNT, GOL, Delta, Kelloggs, Johnson, Bradesco, entre outros.


17h15 - 18h: PALESTRA "Corrupção no Brasil e a noção de complexo cultural", com Denise Ramos (PUC-SP);
Mediação: Mauricio Esposito (PUC-SP)
A corrupção – comportamento compulsivo e crônico enganar a lei e a autoridade – é a expressão de um povo que inconscientemente se sente demasiado infantil, fraco e impotente para abertamente exigir seus direitos? Partindo da noção de complexo cultural, que investiga os fenômenos da cultura segundo a perspectiva da psicologia junguiana, o objetivo da palestra é discutir o tema corrupção.
Denise Gimenez Ramos é professora titular do Programa de Estudos Pós Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP, onde coordena o Núcleo de Estudos Junguianos. Sua pesquisa versa sobre psicossomática, psicologia analítica, psicologia e religião (mecanismos e rituais de cura nas religiões), complexos culturais como base de patologias sociais, em especial preconceito e corrupção.




17/08 - SEXTA-FEIRA


10h - 18h: INSTALAÇÕES

"Estados Alterados" (2018), de Rodrigo Gontijo
Projeção de pontos de luz em movimento sobre Wachuma, também conhecido por San Pedro (Cacto usado em rituais pelos indígenas do Altiplano Andino); livros variados sobre contracultura, expansão da consciência e cinema expandido; luminária.
Rodrigo Gontijo é artista, pesquisador e professor no Centro Universitário SENAC. Desenvolve projetos de live cinema, instalações e documentários. Seus trabalhos, individuais e coletivos, já foram apresentados em diversas mostras e festivais no Brasil, Argentina, Espanha, Marrocos e Canadá e premiados pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA – 2005 e 2008) e Festival de Gramado (2005).

"O que vocês fariam em nosso lugar?" (2016-2018), de Walmeri Ribeiro
Partindo da provocação levantada pela filósofa Isabelle Stengers, no livro “No tempo das Catástrofes”, sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que estamos atravessando em consequência das mudanças climáticas e seus impactos sociais, a videoinstalação  “O que vocês fariam em nosso lugar?” apresenta imagens resultantes de uma pesquisa performativa realizada em fevereiro de 2016 e maio de 2018 na praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro.  Área de comércio de escravos durante os séculos XVIII e XIX, abandonada durante o século XX e hoje denominada como Porto Maravilha,  a praça Mauá torna-se, diante de seu projeto futurístico, o centro de discussões sobre transformação urbana, processo de gentrificação, poluição e impactos ambientais, abrindo frente à discussão sobre os modos de viver e habitar os “novos” centros urbanos. “O que vocês fariam em nosso lugar?” propõe ao espectador uma reflexão sobre esses temas ao  confrontar duas ações  que compõem a mesma paisagem: o corpo espontâneo que nada nas águas poluídas da Baía de Guanabara e o corpo institucionalizado que aspira o limpo espelho d’água do Museu do Amanhã, criado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
Walmeri Ribeiro é artista-pesquisadora. Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá, Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF, onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis.  Autora do livro “Poéticas do ator no cinema brasileiro” (Intermeios: 2014)  e co-organizadora dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis" (intermeios, 2014) e "Das artes e seus percursos sensíveis" (Intermeios, 2015), possui ainda vários artigos publicado em revista brasileiras e internacionais. Nos últimos anos participou de exposições na Alemanha, Portugal, Inglaterra e Brasil.


10h - 11h30: MESA 4 "O IMAGINÁRIO NA CULTURA AUDIOVISUAL"
Mediação: Flávia Gasi (PUC-SP)

“Deixe-os pensar que eles te controlam: uma reflexão sobre a série The Handmaid’s Tale,  Flávia Lira e Nicole Mileib (PUC-SP)
O artigo tem o propósito de mostrar como a figura feminina foi construída neste produto audiovisual. A série é uma distopia onde as mulheres perdem todos os seus direitos depois de um revolução militar-religiosa que deu ao patriarcado uma vitória triunfante. A história, que num primeiro momento se mostra absurda e com pouca possibilidade de  ter relação com a realidade, vai se abrindo em vários sub-temas do mundo contemporâneo  como a opressão masculina, a privação das liberdades individuais, a imprensa livre, a infertilidade, o estupro. O artigo mostra como a série tem muita relação com a realidade  e como esta história faz uma ponte com o passado e com a construção da mulher através dos tempos. Como embasamento teórico recorremos às autoras como Simone de Beauvoir e Judith Butler, duas escritoras de gerações distintas e portanto com modos de ver diferentes, e que construíram o pensamento sobre a mulher nos séculos 20 e 21.
Flávia Blanco Lira é educadora de Artes e artista do corpo. Mestranda em Comunicação e Semiótica, na PUC-SP. Pós-graduada em O Estado e Corpo – Genealogia dos Estudos Feministas e Gênero, pela PUCSP, e graduada em Comunicação das Artes do Corpo também pela PUCSP. Participa das aulas técnicas de Dança Contemporânea no CRD (Centro de Referência da Dança). Como educadora, trabalhou em instituições como Escola Vereda, Instituto Reciclar, SESCSP e Fábricas de Cultura. Pesquisa sobre o universo, narrativas e arquétipos femininos, resultando em trabalhos de vídeo-arte.
Nicole Mileib é jornalista formada pela PUC Minas com pós-graduação em cinema pela Faculdade Belas Artes de São Paulo. Trabalha como editora no Jornal da Cultura primeira edição, produção da TV Cultura. Já passou pelas redações da Band, SBT e Globo. Produziu e dirigiu programas audiovisuais para cursos de educação à distância e para campanhas eleitorais.

Arqueologia da Cultura em “Revivals" de Produtos Audiovisuais: uma análise semiótica da tradução do filme Evil Dead 2 em série televisiva”, André Gropo, Renê Eduardo Arruda e Samir Cheida  (PUC-SP)
Esta apresentação é resultado de um estudo sobre as estratégias de tradução intertemporal que seriado o Ash vs Evil Dead (2015) propôs em relação a trilogia de filmes Evil Dead (1980). A tradução do clássico thrash do cinema em seriado ressuscita estéticas, temas, narrativas e técnicas audiovisuais, se encaixando na lógica de reiteração própria da indústria televisiva.  Para que se possa destacar quais estratégias de tradução foram empregadas para o “revival” da trilogia Evil Dead, realizamos uma analogia comparativa/ contrastante dos objetos, focando na análise do protagonista e dos coadjuvantes da trilogia da década de 1980 e da série lançada em 2015. Também utilizamos para a análise o conceito de arquivo de Michel Foucault, entendendo a mídia como arquivo, impregnado de história, referências, memória e de sua própria temporalidade, para entender quais métodos a série utilizou para atualizar seu universo ao momento cultural em que foi lançado.
Renê Eduardo Arruda é jornalista, mestrando do Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, pós-graduado em Teorias da Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e  membro do grupo de pesquisa CCM. Atua profissionalmente como escritor técnico e especialista em processos ágeis de desenvolvimento de software. Sua pesquisa está no eixo transversal entre política, tecnologias digitais e semiótica.
Samir Cheida é mestrando em Comunicação e Semiótica na PUC-SP com pesquisa em Montagem Transmídia. Formado em Audiovisual na ECA/USP, com pós-graduação em Roteiro na FAAP. É montador de diversos projetos para televisão e cinema, com destaque para a série “Águias da Cidade” para a Discovery Channel, o programa “CQC” para a TV Bandeirantes, e o filme “Bugrinos” exibido nos cinemas de Campinas e nos canais ESPN.
André Nogueira Gropo é mestrando em Comunicação e Semiótica na PUC-SP e formado em Audiovisual pela ECA-USP. Trabalha como editor e roteirista de vídeos em sua maioria produzidos para internet e atua profissionalmente como comediante de Stand Up.

Uma perspectiva do imaginário acerca da imagem da espada em animações japonesas”, Rafael Augusto  (PUC-SP)
A espada é normalmente associada às narrativas heroicas e, segundo a antropologia do imaginário de Gilbert Durand, está vinculada ao regime diurno da imagem. Entende-se imaginário como o universo das configurações simbólicas e das práticas sócio-simbólicas que têm por função estabelecer o equilíbrio biopsicossocial do ser humano, principalmente para lidar com a angústia existencial vinculada ao medo da morte. No contexto das contemporâneas produções midiáticas, entretanto, é possível verificar a presença de narrativas que apresentam sentidos expandidos e a espada se transfigura em signo de complexidade. Nessa abordagem, a espada não é apenas um instrumento de corte, divisão, exclusão e distinção, mas incorpora de forma harmônica sentidos opostos, vinculados aos regimes noturno e crepuscular, compostos pelos sistemas místico e sintético das imagens. Para o melhor entendimento desta questão, o objeto empírico da pesquisa foi composto pelas séries de animação japonesa Katanagatari e Rurouni Kenshin, escolhida por apresentar a espada como algo mais do que um instrumento de combate.
Rafael Montassier é doutorando em comunicação e Semiótica pela  Pontifícia Universidade Católica SP. Mestre em Comunicação e Semiótica também pela Pontifícia Universidade Católica SP com a dissertação “Os processos comunicacionais das imagens de complexidade: Uma leitura da espada em animações japonesas” defendida em 2017. Graduação em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos em 2012.


12h - 13h: MOSTRA DE VÍDEO "PAISAGENS DO AUDIOVISUAL"
Curadoria: Elena Sánchez-Velandia, Marcus Bastos e  Lucia Leão (PUC-SP)

A mostra de vídeos PAISAGENS DO AUDIOVISUAL articula três olhares sobre o audiovisual. 
Como a arte e o audiovisual discutem problemas atuais como o feminismo, a globalização, as redes sociais e a crise ambiental? Pensar a arte além da dicotomia kantiana entre o estético e o conceitual é o desafio na curadoria de Elena Sánchez Velandia. No primeiro grupo de vídeos, foram selecionadas obras latino americanas que, nutridas pela poesia, ironia e « estética », levantam questões na interface da arte e da política. Colombiana, Elena é filósofa, artista, e Doutora em arte, filosofia e estética, pela Université de Picardie Jules Verne, UPJV, França, 2017. Sua tese, com título “Reflexões para uma filosofia menor". Em torno do conceitualismo latino-americano, teve como Orientador Lorenzo Vinciguerra. Atualmente desenvolve pesquisa de Pós Doutorado no Programa de Pós Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, com supervisão de Lucia Leão e bolsa CAPES. É membro do CCM. Na seleção, estão presentes vídeos de Andrea Aguía, Mario Opazo, Juan Manuel Echavarria e Gabriela Golder, entre outros.

No segundo grupo de obras, Marcus Bastus, professor do Curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP, nos oferece a oportunidade de conhecer os trabalhos de estudantes sob sua orientação. Numa época em que aumenta a complexidade do pensamento audiovisual, os trabalhos apresentam perfis diversos, transitam entre a ficção, o documentário e o ensaio, recorrendo, ora ao suspense, ora ao humor, ora ao registro da realidade, para discutir questões da atualidade. Os vídeos foram realizados na disciplina "Temas Avançados de Produção Audiovisual", em uma experiência em conjunto com os professores de direção de fotografia, edição de som e montagem, Diego Arvate, Bruno Rico e Nicolau Centola.

É possível desenvolver um tipo de pensamento complexo utilizando as linguagens do audiovisual? Com o título “As audiovisualidades como espaço de pensamento”, o terceiro recorte curatorial apresenta a série de vídeo experimentos "Following Seven Alchemical Metals # Metallurgy, Media, Minds", de Patricia Pisters, Professora da Universidade de Amsterdã, juntamente com os trabalhos de vídeo ensaios dos alunos da disciplina de Linguagem Imagéticas do curso de Comunicação e Multimeios da PUCSP. Com autoria de Lucia Leão, o projeto é parte de uma pesquisa maior que busca cartografar as potências de produção de conhecimento que emergem de experimentações ensaísticas das audiovisualidades. Os vídeo ensaios são resultados de um projeto integrado com os professores Elisabeth Alfeld Rodrigues, Ane Shyrlei Araújo, Zuleica Camargo, Cida Caltabiano, Marli Alencar e Hermes Renato Hildebrand.



13h45 - 15h15: MESA 5 "ARTE E POLÍTICA"
Mediação: Marcelo Prioste  (PUC-SP)

"Método Tríade,  para fins metodológicos de uma curadoria de arte", Roseli Demercian (PUC-SP)
Como acabou a estrutura formal dos “ismos”dando espaço para as poéticas , quer dizer, aos processos artísticos,  desenvolvi o  método Tríade,  para fins metodológicos de uma curadoria de arte. Estabeleci as seguintes premissas a) espaço: o local, a arquitetura , o ciberespaço; b) tempo: o tempo vivido é estar no mundo ; c) Ocupação: é a percepção, a experiência. Nesse sentido pretende-se explanar o processo de desenvolvimento metódologico curatorial.
Roseli Demercian tem Graduação em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie . Graduação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo , especialização no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo ( MAC/USP)  e mestrado em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie . Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é membro do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias (CCM) da PUC/SP, coordenado pela Profª Dra. Lúcia Leão. É curadora independente e proprietária do Centro cultural Casagaleria e oficina de arte Loly Demercian.


“Territórios Sensíveis: intervir requer certa brevidade”, Walmeri Ribeiro (UFF)
Inspirada pelos apontamentos de Isabelle Stengers, no livro “No tempo das Catástrofes” (2012), sobre o nosso sentimento de impotência frente às catástrofes que estamos atravessando e, sobretudo, de seus impactos sociais, Intervir requer certa Brevidade busca discutir de forma poética, política e estética, como experiências performativas imersivas em diferentes paisagens, climas e culturas, podem contribuir para mudanças urgentes em nossos modos de viver, de habitar e de pensar o mundo hoje. Em diálogo com as tecnologias e as ciências, este é um convite para que juntos possamos pensar sobre qual futuro estamos construindo.
Walmeri Ribeiro é artista-pesquisadora. Pós-doutora pelo departamento de Fine Arts da Concordia University, Canadá, Doutora em Comunicação e Semiótica| PUC-SP e mestre em Artes|UNICAMP. Walmeri Ribeiro, é professora do Departamento de Artes e Estudos Culturais|RAE, na área de estudos culturais e artes do corpo, da Universidade Federal Fluminense|UFF, onde também coordena Laboratório de Pesquisa em Performance, MídiArte e Ecologia| BrisaLab- UFF|CNPQ e o projeto Territórios Sensíveis.  Autora do livro “Poéticas do ator no cinema brasileiro” (Intermeios: 2014)  e co-organizadora dos livros "Das artes e seus territórios sensíveis" (intermeios, 2014) e "Das artes e seus percursos sensíveis" (Intermeios, 2015), possui ainda vários artigos publicado em revista brasileiras e internacionais. Nos últimos anos participou de exposições na Alemanha, Portugal, Inglaterra e Brasil.


"Escola Translinguística de Filosofia", Elena Sánchez Velandia (PUC-SP)
A Escola Translinguística de Filosofia  (ETF) é um lugar, não necessariamente físico, para a  criação coletiva de conceitos, que investiga a rede como um meio dessa criação. Se a sociedade de controle é o correlato da sociedade da informação globalizada, usar a rede para criar conceitos pode ser uma maneira de resistir ao controle.
Elena Sánchez Velandia, é artista (Universidad Nacional de Colombia, Accademia di belle arti di Roma) e Filosofa (Università Roma Tre). Ela fez uma especialização em estudos de gênero (Università Roma Tre) e um mestrado em teoria da arte (École de Hautes Etudes en Sciences Sociales). No seu doutorado, obtido na Universidade de Amiens, trabalhou sobre o arte conceitual latino-americana, onde também ministrou aulas de filosofia da arte. Atualmente desenvolve a sua pesquisa de pós-doutorado na PUC-SP sobre a arte na sociedade de controle.



15h30 - 16h45: MESA 6  "ARTE COMO SINTOMA DA CULTURA"
Mediação: Guilherme da Rocha (PUC-SP)


"Séries de TV complexas: processos de criação e de engajamento da audiência", Silvio Anaz (USP)
Parte das séries dramáticas da TV bem-sucedidas caracteriza-se pela hibridação dos formatos episódico e serial, universo expandido (transmídia), engajamento da audiência e arcos longos que aprofundam as características dos personagens. Nesta apresentação, analisa-se esse fenômeno a partir da identificação das principais especificidades dos processos contemporâneos de criação e de fruição das séries televisivas para, em seguida, mapear e descrever os recursos que têm se destacado e contribuído para o seu êxito. Os resultados mostram a importância do papel do showrunner, da lógica de produção e consumo dos canais por assinatura e do uso de recursos narrativos desafiadores para a audiência no sucesso dessas séries.
Silvio Anaz é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações de Artes da USP. Pesquisador visitante na School of the Arts, Media, Performance & Design da York University. Pesquisador dos grupos de pesquisa Comunicação e Criação nas Mídias, da PUC-SP, e Midiato - Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas, da USP. Professor do Mestrado Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM Centro Universitário.

"As materialidades do imaterial: a relação sem costura entre sujeito e objeto na arte", Vanessa Lopes (PUC-SP)
O trabalho problematiza a materialidade da arte na hipermodernidade, levantando algumas formas de utilização do termo imaterial utilizadas para tipificar obras de arte. Para tanto, propomos uma leitura processual fundamentada na teoria corpomídia, de Katz e Greiner, a partir de uma análise comparativa entre as exposições "Les Immatériaux” (1985) e “The Immaterials Project” (2015).
Vanessa Lopes é artista, pesquisadora e produtora cultural; doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, com bolsa CNPq. É parecerista credenciada do Minc, membro do grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias - CCM (PUC/SP, CNPq) e do SenseLab (Concordia University).


"Arte, natureza e tecnociência", Suzete Venturelli (UnB)
A apresentação busca refletir sobre a redefinição e o devir do conceito de natureza na arte computacional. Os artistas buscam  por meio de tecnologias computacionais, explorar e reivindicar a poética e o utopismo inerentes ao conceito de natureza. Embora o questionamento da ideia de natureza não seja uma proposta original na arte, é evidente que, diante do surgimento de problemas ecológicos e do surgimento de novas ciências, ela se atualiza e assume novas formas. A natureza, então, não é tema artístico apenas por razões ecológicas, mas se tornou um material que reflete uma gama de problemas sociais.
Suzete Venturelli é professora e artista da Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais. Coordenadora do MediaLAb/UnB, pesquisadora do CnPq e do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias da PUC-SP.



17h - 17h45: PALESTRA "Aplicações da teoria de Gilbert Durand nas produções Disney Pixar"
O mito e suas estruturas de sensibilidade continuam vigentes em nossa sociedade, cada vez mais necessitada de manifestações de liberdade e de meios de formular sentido para a experiência do viver. Nesta palestra são apresentados os conceitos de Imaginário segundo o pensador francês Gilbert Durand e tenta-se esclarecer a relação entre produção e interpretação de imagens através da análise de fragmentos de três filmes realizados pelos Estúdios Disney Pixar: “Enrolados” (Tangled, Nathan Greno e Byron Howard, 2010), “Frozen” (Chris Buck e Jennifer Lee, 2013) e “Moana” (Ron Clements e John Musker, 2016).
André Carvalho é Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), Bacharel em Comunicação Social com ênfase em Propaganda e Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (1998), pesquisador do Imaginário, professor, tradutor, revisor, redator e, de vez em quando, baterista.



ATIVIDADE PARALELA - VIVÊNCIA E WORKSHOP ESCAPE

A Oficina de Hefesto :: Projeto de vivência Escape Game

Escape Game Real Experience, também denominado Escape Room é um termo geral para denominar um tipo de jogo de aventura composto por enigmas e desafios que são vivenciados em um espaço físico fechado. Também conhecidos como jogos de fuga, em geral, o objetivo é conseguir escapar do espaço e, muitas vezes, são experiências que ocorrem durante um período de tempo determinado.

Pensado enquanto espaço de exploração reflexiva, o Escape Game "A Oficina de Hefesto" resgata a imagem do deus metalúrgico grego para discutir os processos mentais que perpassam as vivências criativas do audiovisual. Em diálogo com a proposição conceitual e os vídeos ensaios de Patricia Pisters, teórica das mídias e professora da Universidade de Amsterdã, o projeto revisita processos alquímicos, antigas narrativas e bibliotecas. Nessa perspectiva, os processos de criação se relacionam com as imagens simbólicas dos metais: Ouro, Prata, Cobre, Estanho, Ferro, Alumínio e Chumbo. Em suas cadeias associativas, Pisters nos convida a perceber os elos e as sentidos que cada um desses metais imprime na cultura. Entre as escolhas e os enigmas que compõem a vivência do jogo, "A Oficina de Hefesto" nos oferece uma paisagem ao mesmo tempo mítica e lógica associativa de grandes temas do imaginário social contemporâneo.

"A Oficina de Hefesto" tem direção de Paula Carolei e concepção de Paula Carolei e Lucia Leão. Mais informações: www.gameout.com.br


VIVÊNCIA - "A Oficina de Hefesto"
Data: 16/08; quinta-feira
Sessões: 14h -14h45 | 15h - 15h45 | 16h - 16h45 | 17h - 17h45
Local: Sala Ensaio | Tuca
Inscrição: inscricoesccm@gmail.com | 12 vagas por sessão | gratuito

WORKSHOP - Criação de jogos do tipo Escape Room
Ministrante: Paula Carolei
Data: 17/08; sexta-feira
Horário: 14h - 17h
Local: Sala Ensaio | Tuca
Inscrição: inscricoesccm@gmail.com | 30 vagas | gratuito




#CCMpucsp
#encontrodepesquisaCCM

Sobre o CCM
Grupo de Pesquisa em Comunicação e Criação nas Mídias – CCM (Cnpq)
Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP




FICHA TÉCNICA

Coordenação geral: Lucia Leão

Convidados mesas: André Gropo, Beatriz Aoki, Elena Sanchez Velandia, Flávia Lira, Karina Bousso, Mauricio Pontes Esposito, Miriam Meliani, Nicole Mileib, Osmar Guerra, Patricia Assuf Nechar, Rafael Augusto, Raul Prospero Marques Caldeira, Renê Eduardo Arruda, Robson Kumode Wodevotzky, Roseli Demercian, Samir Cheida, Silvio Anaz, Suzete Venturelli, Valéria Aprobato, Vanessa Lopes e Walmeri Ribeiro.
Mediadores: Ana Paula Guimarães, Alessandra Barros, Mauricio Esposito, Flávia Gasi, Marcelo Prioste e Guilherme da Rocha
Palestrantes: Denise Ramos e André Carvalho
Instalações: Rodrigo Gontijo e Walmeri Ribeiro
Curadoria de vídeo: Elena Sánchez-Velandia, Lucia Leão e Marcus Bastos
Direção vivência escape: Paula Carolei
Conceito vivência escape: Paula Carolei e Lucia Leão
Workshop escape: Paula Carolei
Produção escape: Victor Castro
Assistência escape: Gabriel da Silva Bruno e Henrique da Costa Evangelista
Inscrições e divulgação escape: Luma Santos de Oliveira  
Produção geral: Paula Guimarães e Maurício Esposito
Produção mesas: Renê Arruda
Produção mostra de vídeos: Bernardo Queiroz, Gabriel Augusto e Rafael Augusto
Produção workshop: André Carvalho
Direção técnica: Patricia Assuf Nechar
Arte gráfica: Guilherme da Rocha
Divulgação: Dânica Machado
Cobertura nas Redes Sociais: Valéria Aprobato
Trilha sonora: Rafael Augusto
Certificados: Fernanda Ceretta

Produção executiva: Vanessa Lopes
Realização: CCM

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