Ementa 1_2019 :: Teorias da complexidade na comunicação: culturas e poéticas das redes


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica
Área de Concentração: Signo e Significação nos Processos Comunicacionais
Linha de Pesquisa 2: Processos de Criação na Comunicação e na Cultura

Disciplina do eixo fundamental: Teorias da complexidade na comunicação: culturas e poéticas das redes
Professor: Lucia Leão (cod.: 7253)
Semestre: 1º/2019
Horário: 5ª feira, das 16 às 18h45
Créditos: 03
Carga Horária: 225 horas


EMENTA
A disciplina estuda a contribuição das teorias da complexidade para o desenvolvimento do campo científico da Comunicação. Essas teorias enfocam a semiose como processo sistêmico que articula dimensões socionaturais, socioculturais e intersubjetivas.  A complexidade é pensada como processos atuando em conjunto, possibilitando conectar e contextualizar as estruturas e reconhecer as singularidades. Evitam-se, assim, o reducionismo que dissolve os sistemas para considerar somente suas partes e o atomismo que concebe seus objetos de maneira isolada. A disciplina enfatizará os seguintes aspectos: 1) histórico do pensamento complexo, desde a teoria da informação e as primeiras formulações da cibernética e da teoria geral de sistemas até as propostas de uma ontologia científica sistêmica; 2) rede como modo de pensamento das relações; e 3) interações do pensamento complexo com a cultura, as mídias e os processos de criação.

Em seu recorte específico, a disciplina relaciona conceitos de emergência, redes, cooperação, sistemas complexos adaptativos, cartografias colaborativas e resiliência com o objetivo de discutir processos de criação nas redes digitais. Busca-se estudar o universo das mídias e suas relações com os sistemas da cultura, em seus fluxos comunicacionais (trocas, transmissões e traduções). O conteúdo da disciplina versa sobre os temas: visões contemporâneas do conceito de emergência; dinâmicas não-lineares; abordagem dos sistemas complexos no estudo dos fenômenos culturais; mapas de complexidade; políticas da cooperação; processos criativos em rede e cartografias da cultura. O quadro teórico-epistemológico de referência envolve, entre outros: Edgar Morin, Michel Serres e De Landa. Em termos metodológicos, o curso é composto por aulas, discussões em grupo e seminários. A avaliação é processual e envolve: seminários, participação nas discussões em sala de aula e nas redes; redação de monografia.


Bibliografia Básica
DE LANDA, Manuel (2006). A new philosophy of society assemblage theory and social complexity. London: Continuum.
LEÃO, Lucia (2001). O labirinto da hipermídia. São Paulo: Iluminuras.
MORIN, Edgar (1999).  O método III: conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina.
PETERS, John Durham (2016). Nuvens. In: Lucia Leão (org.) Processos do Imaginário. São Paulo: Képos.
SERRES, Michel (1982). Hermes: Literature, science, philosophy. Baltimore, Md and London: Johns Hopkins University Press.

Bibliografia Complementar
GALANTER, P. (2016). An Introduction to Complexism. Technoetic Arts: A Journal of Speculative Research, 14(1-2), 9-31.
KITTLER, Friedrich (2005). “A história dos meios de comunicação”. In: Lucia Leão (org.). O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: Editora SENAC, 2005.
LATOUR, Bruno (2014). Network: a concept, not a thing out there. In: Larsen, Lars B. (org.) Networks. Cambridge, MA : The MIT Press.
ROSENSTHIEL, Pierre (1988). Rede. In: Enciclopédia Einaudi – vol. 13, Lógica – Combinatória. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda.


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