Apontamentos e anotações - aula 2 - 01/09

“A ciência é a estética da linguagem”
Bachelard


- O método científico defendido por Bachelard, em A Poética do Devaneio, é a fenomenologia. Para ele, apenas assim será possível compreender como os elementos inspiram a criação poética.

- A imagem poética tem uma origem absoluta, nas palavras de Bachelard (Martins Fontes, 2006, Pg. 01), “o germe de um mundo, o germe de um universo imaginado diante do devaneio de um poeta”. É a consciência de maravilhamento do mundo.


LIVRO: constitui, ao mesmo tempo, uma realidade do virtual e uma virtualidade real.
- Um livro angustiante oferece aos angustiados uma homeopatia -> Estética da Angústia


- Poesia: o ápice de toda alegria estética!

Dica importante: é preciso contextualizar os conceitos do autor antes de usá-los! Entender a época em que ele viveu ou morreu é fundamental para compreender a lógica de cada autor. Esta explicação é fundamental na hora de usar os conceitos num texto.

- O devaneio é, por essência, feminino. É um dos estados femininos da alma (anima: uma das dualidades profundas da Psique humana de acordo com as obras de C.G. Jung). Desta forma, o devaneio é um pré-pensamento, porque NÃO possui uma lógica, ou seja, não tem começo, meio e nem fim.


VIAGEM: possui um caráter de transcendência do PENSAR
- Relação com entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo em 30 de agosto de 2009: “O publicitário Nizan Guanaes está de "meia" mudança para Nova York. Dono do maior grupo publicitário do país, o abc, Guanaes, 51, passará a dividir o mês entre a metrópole americana e São Paulo. Quer "levar a cabeça para passear" e buscar tendências” .


- David Lynch acredita no poder da MEDITAÇÃO como processo criativo. Afinal, o processo criativo é compreendido como um momento de esvaziamento da mente, uma expansão criativa.

- Sem drama, sem acontecimento e sem história: o devaneio gera o repouso.


QUIMERA: é uma figura mítica que, apesar de algumas variações, costuma ser apresentada como um ser de cabeça e corpo de leão, além de duas outras cabeças, uma de dragão e outra de cabra. Outras descrições trazem apenas duas cabeças ou até mesmo uma única cabeça de leão, desta vez com corpo de cabra e cauda de serpente, bem como a capacidade de lançar fogo pelas narinas.

- Este conceito propicia a criação de Seres híbridos, por isso são problemas: cada um acopla um elemento, mas mantém suas características originais. Mas, para Bachelard, nossas quimeras são as nossas ilusões. É a “colcha de retalho” que há em cada indivíduo.


• Numa realidade híbrida, os elementos estão bem diferenciados
• Quando há uma junção, mas é possível identificar os elementos, temos uma realidade sincrética
• Quando NÃO dá para identificar nenhum dos elementos, nós temos uma realidade mestiça.

Referencial Bibliográfico: Stuart Hall, Néstor García Canclini e Roy Ascott

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